Cristãos da “resistência”? Como assim?

resistencia3Sempre gostei das reuniões de comissão de igreja (quando bem conduzidas e sob a influência do Espírito Santo, evidentemente) porque ali a gente vê a democracia representativa em ação. Isso me impressionou positivamente quando me tornei adventista, nos idos anos 1990. Houve vezes em que em reuniões de comissão eu defendi que as paredes do templo deveriam ser pintadas de branco (exemplo hipotético), mas a proposta vencedora acabou sendo a que defendia a cor bege. A maioria votou nela. Aprovada a proposta, passei a defendê-la como se fosse minha. Não fiquei criticando pelos corredores os que votaram na cor bege. Não fiquei torcendo para que o templo ficasse feio com aquela cor, para depois dizer que eu tinha razão. Na verdade, torci para que ficasse mais bonito, para o bem de todos. Assim devemos nos comportar em uma democracia. Devemos sempre pensar no bem coletivo e até abrir mão de nossos interesses, se eles não forem considerados os da maioria (o que não significa abrir mão de princípios, evidentemente; mas esse é outro assunto).

O presidente Jair Bolsonaro foi eleito pela maioria do povo brasileiro. Pode ser que não concordemos com tudo o que ele diz e faz, mas foi a vontade da maioria. Durante meses todos puderam obter informações sobre os dois candidatos, ler seus programas de governo, comparar suas ideias, tudo de acordo com as regras, como se espera em uma boa democracia. A eleição foi democrática, pelo voto direto e secreto, e Bolsonaro foi o escolhido de 55 milhões de brasileiros. Agora ele é o presidente do Brasil. E se você ama o Brasil e a democracia, o que deveria fazer? Aceitar a realidade, torcer pelo presidente e orar pela nação. Fazer de tudo para que nosso país possa dar certo e avançar.

Quanto aos cristãos, é fácil seguir a Bíblia Sagrada quando ela aprova nossos pensamentos e nossas vontades. Mas e quando ela contraria nosso ponto de vista? O que a Bíblia nos diz para fazer em relação às autoridades constituídas/eleitas? Você sabe:

“Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade” (1 Timóteo 2:1, 2).

“Lembre a todos que se sujeitem aos governantes e às autoridades, sejam obedientes, estejam sempre prontos a fazer tudo o que é bom, não caluniem ninguém, sejam pacíficos, amáveis e mostrem sempre verdadeira mansidão para com todos os homens” (Tito 3:1, 2).

“Por causa do Senhor, sujeitem-se a toda autoridade constituída entre os homens; seja ao rei, como autoridade suprema, seja aos governantes, como por Ele enviados para punir os que praticam o mal e honrar os que praticam o bem. Pois é da vontade de Deus que, praticando o bem, vocês silenciem a ignorância dos insensatos. Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus. Tratem a todos com o devido respeito: amem os irmãos, temam a Deus e honrem o rei” (1 Pedro 2:13-17).

“Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por Ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se opondo contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos” (Romanos 13:1, 2).

“Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser por aqueles que praticam o mal. Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e ela o enaltecerá. Pois é serva de Deus para o seu bem. Mas, se você praticar o mal, tenha medo, pois ela não porta a espada sem motivo. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal. Portanto, é necessário que sejamos submissos às autoridades, não apenas por causa da possibilidade de uma punição, mas também por questão de consciência” (Romanos 13:3-5).

Obviamente que, quando as autoridades nos obrigarem a desobedecer à vontade de Deus, valerão outros textos, como Atos 5:29. Aí, nesse caso, deveremos opor resistência pacífica para ser fiéis a Deus. Mas o que alguns descontentes com a vontade da maioria dos brasileiros estão fazendo não é resistência. No mínimo é mimimi de frustrados com a perda do poder ou com o inconformismo pela prevalência democrática de uma ideia que não é a deles. Resistência a um governo que ainda nem começou? Ser contra tudo o que esse governo propuser? Como assim? Isso não é resistência. Isso é querer que tudo dê errado antes mesmo de começar. Isso é pouco se lixar para o Brasil. Isso é batalhar pelo divisionismo.

Mas Jesus não foi um revolucionário? Ele não foi da “resistência”? Já gravei um vídeo sobre isso e peço que você o assista (aqui), mas nunca é demais repetir: não, Jesus não foi um revolucionário. Ele tinha tudo para ser, afinal, o governo de Seu tempo era invasor, cobrava impostos para César, não havia sido eleito nem escolhido. Mas Jesus nunca Se insurgiu contra o Império. Ele sempre deixou claro que Seu reino não é deste mundo e mandou que dessem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Tomar Jesus como exemplo ou modelo de resistência política é, além de anacrônico, injusto. Em lugar de revolução Ele pregou a conversão. Em lugar de ódio, amor. E o amor dEle não era só de discurso, não. Ele amou na prática. Amou quem concordava com Ele e quem dEle discordava. Amou a todos e morreu por todos.

Recentemente, no Twitter, o comediante e apresentador Danilo Gentili escreveu: “O discurso dos caras agora é: ‘Vamos fiscalizar o governo e meter a boca em tudo o que estiver errado.’ Sim, vamos. Sem dúvida alguma vamos. Mas só lembrando aqui que nos últimos treze anos todo mundo que fez isso foi chamado de fascista.”

Muita gente teve que tolerar treze anos de um governo no qual não votou. Assim é a democracia. Muitas vezes orei e torci por Lula e Dilma. Orei para que eles fizessem o bem para o nosso povo, para que tivéssemos liberdade religiosa e paz. Da mesma forma, exatamente como manda a Bíblia, vou orar por Bolsonaro e por sua equipe de governo, para que tenham sabedoria e compaixão a fim de governar para o povo e para o bem do nosso país.

Não vou fazer resistência ao governo que nem começou, porque não é isso o que meu Mestre e Sua Palavra mandam. Continuarei opondo resistência ao reino das trevas, “porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6:12).

Michelson Borges

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As maiores fake news evolucionistas

Alegria, esperança, frustração e um frio na barriga

Estas eleições agitaram o Brasil como fazia tempo não acontecia. Em poucos meses, nosso povo comumente apático quando o assunto era política, graças às redes sociais, passou a discutir política praticamente todos os dias, tendo que aprender a navegar num oceano agitado por fatos e fake news. Nestas eleições vimos quebrado o monopólio das grandes empresas de comunicação e o povo, finalmente, desenvolvendo uma saudável desconfiança da mídia, tendo que aprender a consumir com mais criticidade as informações que lhe chegavam por vários meios. Nestas eleições foi bonito ver o espírito patriótico despertando e fortalecido o desejo de mudança, de moralização, de ruptura com os desmandos de tantos anos de democracia mal usufruída – ou melhor, bem usufruída por parte daqueles que ocupavam o poder, até que a ganância foi interrompida pelas algemas. Tudo isso me trouxe alegria. E despertou também a esperança e o desejo de que a reação em cadeia ajude a tornar nosso país um lugar melhor, mais ordeiro, seguro e progressista. Espero que o novo presidente saiba aproveitar bem esse desejo popular e a “carta branca” que lhe foi colocada nas mãos por milhões de brasileiros.

Anos atrás, votei no Lula, como fizeram milhões de brasileiros que acreditavam na mudança, em uma pátria mais justa em que os líderes realmente se preocupassem com os menos favorecidos, diminuindo, assim, os enormes abismos sociais e as desigualdades típicas da nossa sociedade. Antes de votar nele, em minha juventude e adolescência, usei camiseta do Che Guevara, boton em favor da revolução sandinista, e cria que Jesus havia sido uma espécie de socialista revolucionário. Foi isso o que os ideólogos da Teologia da Libertação nos ensinaram. Religiosos como Leonardo Boff e outros, a quem seguíamos como verdadeiros messias iluminados, pregadores do comunismo como a solução definitiva para as mazelas da humanidade. Na época ainda não podíamos dimensionar nem prever o que aconteceria com Cuba e Venezuela, quando o dinheiroduto russo fosse fechado. Na época eu não sabia que as ditaduras comunistas haviam ceifado a vida de muito, mas muito mais pessoas do que as que foram levadas à morte pelas guerras e pelo nazismo. Graças a Deus, a verdade que liberta (João 8:32) me encontrou e tive os olhos abertos. Para equilibrar minhas “leituras vermelhas”, passei a ler autores conservadores como Theodore Dalrymple, Roger Scruton e outros. Vi então a incompatibilidade do cristianismo com as ideologias que outrora eu defendia.

Infelizmente, muitos amigos dos tempos de militância esquerdista acabaram perdendo a fé, uma vez que depositaram toda a esperança em um “reino” que nunca foi implantado, em messias de carne e osso que fizeram pior do que os governantes a quem criticavam e condenavam. Isso foi extremamente frustrante. Desalentador. Deixou uma geração ideologicamente órfã. Só não me senti assim porque fui acolhido por Jesus e preenchido pela esperança no Reino vindouro, esse, sim, a solução para todos os problemas humanos derivados do pecado. Conheci um Jesus redentor, não revolucionário. Um Jesus não de esquerda, nem de direita. Um Jesus do Alto que veio à Terra para viver entre nós, sofrer como nós (na verdade muito mais do que nós) e oferecer a real esperança e uma teologia que realmente liberta.

Outra fonte de grande frustração para mim foi perceber que dentro da igreja cuja mensagem me libertou, posto que bíblica, começaram a pipocar aqui e acolá jovens com discursos parecidos com aqueles que eu ouvia nos meus tempos de católico da Teologia da Libertação. Jovens defendendo anacrônica e ingenuamente o comunismo e ignorando o fato de que pastores adventistas eram presos, perseguidos e mortos nos regimes comunistas; jovens que talvez nunca tenham ouvido falar de Soljenitsin e o Arquipélago Gulag. Minha impressão é a de que cresceram em uma “bolha adventista”, sem noção de questões políticas, e, de repente, quando se viram em ambientes acadêmicos seculares, frequentemente dominados pelo pensamento marxista gramsciano, pensaram estar finalmente descobrindo a “verdade” (não a que liberta, evidentemente). Caíram no canto da serpente. Aquilo que o diabo não conseguiria por meio do evolucionismo e do espiritualismo, uma vez que adventistas são naturalmente blindados contra essas ideologias, logrou êxito por meio do marxismo, igualmente perigoso para a fé cristã bíblica. Acadêmicos financiados pelas instituições para dentro das quais estão trazendo cavalos de troia ideológicos…

Fiquei também frustrado por ver adventistas – entre eles alguns funcionários da instituição – manifestando com ímpeto suas posições políticas (infelizes) nas redes sociais. Pessoas que praticamente nunca falam sobre profecias, volta de Jesus, sobre doutrinas bíblicas, mas que de repente se tornam arautos desse ou daquele candidato, dessa ou daquela ideologia.

E o frio na barriga? Bem, isso eu senti mais uma vez durante o primeiro discurso do novo presidente eleito (e não foi por medo, não). Nunca (que eu saiba) um presidente da República brasileiro começou e terminou esse momento com uma oração. Na mesa dele, durante o primeiro pronunciamento à nação, havia uma Bíblia. Fica clara a ligação do novo governo com a religião, o que de certa forma parece violar o Estado laico. Claro que para nós cristãos essa tendência moralizante é melhor do que a nefasta ideologia de gênero, a perversão da sexualidade infantil, o aborto indiscriminado e outras barbaridades esquerdistas. A esquerda, se pudesse, destruiria a igreja e a visão de mundo judaico-cristã. Mas a direita que está aí quer ir para outro extremo, vinculando demais a religião aos assuntos de Estado. Nem é preciso dizer o que a aproximação entre igreja e governos trouxe de ruim para os grupos religiosos minoritários ao longo da história. Realmente estávamos entre o fogo e a frigideira…

Na verdade, essa onda direitista moralizante e religiosa já vem sendo observada em outros países, com destaque para os Estados Unidos.

 

Conforme escreveu meu amigo português Filipe Reis, “a questão não é Trump, não é Bolsonaro, não é Salvini, não é Órban nem será nenhum dos novos líderes que podem surgir em vários lugares – a questão central é uma tendência que se acentua cada vez mais ao encontro do cumprimento de uma mudança profética em termos de domínio, predominância e influência local e global. Enquanto rapidamente se aproximam as últimas cenas do grande conflito na Terra, infelizmente muitos insistem em olhar e ficar mais preocupados acerca das circunstâncias voláteis, flexíveis e imprevisíveis da política e da sociedade à nossa volta, do que estudar, analisar e perceber a Bíblia e a profecia, que são o verdadeiro e único guia seguro, o fundamento que traz sentido para todo o resto”.

Outra breve e oportuna reflexão fez meu amigo pastor Moisés Biondo: “Finalmente, essas eleições terminam Ontem! Nem o Bolsonaro, nem o Haddad será o grande perdedor. Perdedores, fracassados serão todos aqueles que abdicaram do amor, perderam o respeito, abriram mão da amizade em nome de uma ideologia (que é falha, seja qual for). Se por causa de um candidato você feriu, desprezou, diminuiu ou se afastou de alguém, o grande derrotado é você.”

Ainda dá tempo de pedir perdão…

Estou feliz, esperançoso, frustrado e com frio na barriga. Mesmo assim, esse coquetel de sentimentos não me impedirá de fazer o que a Bíblia recomenda em 1 Timóteo 2:1, 2: devemos orar pelos nossos governantes. Gostaria de se unir a mim?

Michelson Borges

Apocalipse 13 e as eleições

apoc 13A essa altura em que chegamos das eleições no Brasil, dá para refletir um pouco sobre o que estamos vivenciando como sociedade e arriscar algumas possíveis comparações com o cenário escatológico de Apocalipse 13, que nos aguarda:

Essa tensão pela qual estamos passando agora é um vislumbre do ambiente que viveremos quando a crise final (Lei Dominical) chegar. Haverá polarização idêntica em torno de um tema. Muitos textos, áudios e vídeos circulando nas mídias sociais contendo argumentos e contra-argumentos; testemunhos de pessoas famosas e centenas de outras anônimas declarando de que lado estão; muitos vestindo a camisa do seu “partido”; mensagens sérias e quem sabe outras com humor; diversas fake news comprometendo a imagem da IASD e a reputação de líderes conhecidos; desentendimento e brigas com amigos e familiares…

Além disso, a saturação do tema – sinal de Deus ou da besta – ocorrerá em pouco tempo (ninguém aguenta tanta tensão e foco em um único tema durante um período tão longo).

Por isso penso que deveríamos aproveitar este período que estamos vivenciando como uma grande oportunidade para treinamento: aprender a se posicionar, expressar ideias, desenvolver o discernimento sobre as mensagens que recebemos, saber ouvir os outros, pesquisar a fundo para descobrir a verdade, desenvolver a paciência…

Eu até chego a pensar que sem essa experiência (note que questões de moralidade estão na boca do povo, e até passagens bíblicas estão sendo citadas) o Brasil não estaria preparado para discutir publicamente a grande questão final: Quem você irá escolher? O Deus Criador ou a besta do Apocalipse?

Quando isso vai acontecer eu não sei. Mas experiência em situações polarizadas nós todos teremos. Ora, vem, Senhor Jesus!

Sérgio Santeli é pastor em São Paulo

Quão perigosa se torna a pessoa que consome pornografia

tecladoUm relatório de especialistas britânicos avisa que a pornografia pode causar violência sexual e representa ameaça para a sociedade. O documento, publicado na terça-feira (23) pelo Comitê de Mulheres e Igualdades do Parlamento britânico, diz que o problema da pornografia deve ser tratado de maneira semelhante a problemas de saúde como tabagismo, por exemplo, escreve o RT. Os autores do relatório dizem, citando ente outros o estudo “Assédio sexual de mulheres e moças em lugares públicos”, que “os homens consumidores de pornografia têm mais chances de manter atitudes sexistas e de ser sexualmente agressivos com as mulheres”.

O relatório se refere inclusive a um estudo dedicado à pornografia, à violência sexual, ao abuso e a sexting (envio de conteúdo erótico e sexual por smartphones) nas relações entre os jovens, apontando haver “uma relação entre o consumo de pornografia e as atitudes sexistas e comportamentos sexualmente agressivos que incluem violência”.

O documento sugere que o governo trate o problema de pornografia da mesma forma que dedica grandes investimentos para a segurança nas estradas ou problemas de saúde causados, por exemplo, pelo tabagismo.

Os autores do relatório acreditam ser preciso tomar medidas urgentes contra abusos sexuais que já estão “enraizados” na cultura britânica. Entres as ações que o Comitê aconselha adotar estão tanto os programas especiais de previsão de violência quanto a proibição de ver pornografia em ônibus.

(Sputnik)

Leia mais sobre pornografia aqui e aqui.

Não um Brasil que eu quero, mas um país que existe

eleicoesEstamos vivendo em um país em que as fake news e a intolerância se tornaram palanque para o eleitor. Muitas pessoas não votam mais pelas propostas nem pelo que acreditam ser o melhor para o Brasil. Que pena… Ninguém pode ter uma linha diferente, a não ser quando é a do seu candidato, porque aí criam-se manobras e mais manobras para tentar quebrar argumentos contrários. Alguém apoia ditaduras de esquerda, os da direita esbravejam: “Nossa! Olha isso. É isso que você quer para o Brasil? Fome, guerra, limitações? Alguém apoia ditaduras de direita, os da esquerda (apoiando ditaduras de esquerda) esbravejam: “Você é cristão, como pode apoiar uma ditadura? Com milhares de mortes, torturas e massacres de crianças, etc.” Isso se chama incoerência? Ou seria faltar com a verdade quando lhe apraz?

O Brasil está polarizado. E se você diz que é de direita, o outro lado vai dizer: “Então você é torturador, homofóbico, racista, misógino, xenofóbico, não quer dar liberdade de escolha para ninguém, quer que todo mundo acredite no seu Deus, seu intolerante!” Se você é de esquerda, o outro lado sempre dirá: “Então você quer um Estado sem Deus, quer aceitar a pedofilia como algo normal, apoia ladrão, feminista, quer a ideologia de gênero, quer que o Brasil vire Cuba, tá apoiando a fome na Venezuela, quer ver bebês morrerem abortados.” Enfim, com certeza dos dois lados haveria muito mais adjetivos.

Tenho amigos dos dois lados. Pessoas comuns. Alguns vão à igreja, outros não vão à mesma denominação que eu, e tenho amigos que não acreditam em Deus. Alguns são gays, outros tantos heterossexuais. Tenho amigas feministas e tenho amigos e amigas antifeministas. Tenho amigos negros e brancos. Amigos de esquerda e de direita. E sabe o que eu percebo? Alguns são intolerantes, tanto na esquerda quanto na direita. Alguns usam fake news, tanto o camarada que apoia o capitalismo e o conservadorismo moral, quanto o que apoia o socialismo e é liberal na moral. Se eu for medir essas duas coisas para se escolher um lado, não tem como optar por nenhum. Os dois lados têm dificuldade de enxergar o seu erro.

Estudei, estudo e continuarei estudando sobre o socialismo, comunismo, capitalismo, socialdemocracia, anarcocapitalismo, etc. Tenho visto o desenrolar das conversas dos seguidores dessas ideologias. Tenho visto negro ser de direita e contra cotas, assistido a cristãos apoiarem a esquerda e serem marxistas, ateus serem contra o aborto, cristãos serem a favor do aborto, branco aderir ao movimento negro e muito mais assuntos que poderiam ser colocados aqui. Não existe consenso. Não dá para colocar a pessoa apenas num nicho de ideias. Conheço pessoas que são de esquerda e são a favor do porte de armas. Conheço pessoas de direita que são a favor do aborto. Rotular uma pessoa e definir tudo que ela acredita somente por ela dizer ser de direita ou de esquerda é algo complicado.

O que eu acredito em tudo isso? Estude as propostas de governo, avalie de acordo com sua cosmovisão e não tem problema nenhum você votar por afinidade de ideias. O que não pode acontecer é forçar o outro a votar no seu candidato, mesmo ele tendo outra cosmovisão. Quem é de direita, por favor, se encontrar um amigo de esquerda, não demonize a pessoa, tampouco faça com que ela se sinta inferior a você por pensar diferente. Ela pode ser boa, honesta, não querer corrupção nem o mal para o Brasil, da mesma forma que você. Se você é de esquerda, não pense que seu amigo de direita é bitolado ou irracional, não o julgue como uma pessoa insensível. Ele pode ser bom, honesto, não querer injustiças nem o mal para pessoas diferentes dele, da mesma forma que você. Algo muito necessário: não coloque no papel de Deus nenhum ser humano. Todos têm seus erros e acertos.

Um dos candidatos vencerá estas eleições e seremos governados por alguém de direita ou esquerda (colocando aqui centro-direita ou centro-esquerda), mesmo você sendo a favor ou contra. Isso não vai mudar. Alguém que você acha ser péssimo para a família ou quem sabe alguém que você pense ser horrível para as minorias vai acabar ganhando. Falo agora para os que são cristãos: estamos neste mundo para servir a um propósito muito maior. Com os pés na Terra e os olhos no céu. Tendo que votar, porém sabendo que não é o seu voto ou o presidente que resolverá os problemas deste mundo. Nenhum ser humano resolverá de maneira completa a violência, os maus-tratos com pobres, mulheres e homossexuais. Não se tirará a injustiça do coração do homem por política. Nenhum homem, por melhor que seja, acabará com a imoralidade e os desejos contrários à Bíblia. Políticos são falhos e são movidos por ideologias que nem sempre são em sua plenitude de acordo com a Bíblia, que é a norma do cristão. Tanto os da esquerda quanto os da direita. Por isso eu sigo sendo do Alto!

Serei cidadão, serei inclusive mesário nas eleições, votarei segundo toda a pesquisa que fiz, não serei contrário à minha cosmovisão; tenho na minha mente o pensamento de que algumas ideologias não quero para o Brasil, porém não quero ser intolerante nem injusto com ninguém. E quero ajudar a levar o maior número de pessoas para o Céu, onde ninguém mais passará por desigualdade social nem viverá uma vida contrária à vontade de Deus. Pessoas essas que são tanto liberais quanto conservadoras. Pessoas que Jesus ama igualmente, não importa a cor, o sexo ou o credo. E Ele quer convidar essas pessoas a fazerem a vontade dEle e se prepararem para o Céu! Anseio por esse momento! Está você mais ansioso pela volta de Jesus do que pelas eleições? Reflita nisso.

Felipe Cayres

Homem vence concurso miss Espanha

missA modelo [sic] espanhola transgênero Ángela Ponce, de 26 anos, foi coroada, [em julho deste ano], Miss Universo Espanha, numa cerimônia em Tarragona, Catalunha. É a primeira vez que uma [sic] concorrente cujo gênero não corresponde àquele a que lhe foi atribuído ao nascer vence a prova. A sevilhana vai agora representar o país na competição internacional. “Levar o nome e as cores de Espanha a todo o Universo é o meu grande sonho. O meu objetivo: ser porta-voz de uma mensagem de inclusão, respeito e diversidade, não só para a comunidade LGBTQ+, mas para o mundo inteiro”, escreveu a modelo no Instagram. O concurso Miss Universo eliminou, em 2012, a regra que proibia a entrada de pessoas transgênero, depois da iminente desqualificação da concorrente canadiana Jenna Talackova, que nasceu homem, ter provocado indignação no público da competição.

(JN Portugal)

Leia mais sobre transgêneros aqui e aqui sobre o melhor jogador de vôlei feminino.

Assista a este filme e conheça a verdadeira face do comunismo

milada[Com o perdão dos spoilers.] Milada Horáková nasceu em Praga, capital da Tchecoslováquia, em dezembro de 1901. Formou-se em Direito e se tornou defensora dos direitos humanos, dos direitos das mulheres, uma crítica acérrima do trabalho infantil e da legalização da prostituição, e lutou contra a ocupação nazista em 1939 e, posteriormente, contra o domínio comunista soviético em seu país. Foi presa pela Gestapo e condenada à morte, pena que foi alterada para prisão perpétua graças à defesa apresentada pela própria condenada. Esteve nos campos de concentração nazistas de Terezin, Leipzig e Dresden. Foi torturada ao longo de 36 interrogatórios, mas nunca denunciou seus colegas da resistência. Alguns historiadores creem que foi nessa época que sua experiência religiosa se aprofundou.

Com a derrota dos alemães e a libertação da Tchecoslováquia em 1945, Milada voltou a defender a democracia e foi eleita deputada, cargo ao qual renunciou após o golpe que levou o Partido Comunista ao poder, o que ela considerava uma verdadeira ocupação soviética. Por ser uma voz discordante (coisa que os comunistas detestam), Milada acabou sendo injustamente presa e terrivelmente torturada, participando depois de um julgamento forjado (muito comuns na ex-União Soviética) em que teria que admitir uma culpa que não tinha, de ter colaborado com o “imperialismo americano” contra os interesses de seu país e seu povo – justamente as duas coisas que ela mais amava e pelo que sempre lutou.

A rádio em que o esposo de Milada trabalhava foi fechada, numa atitude igualmente típica dos comunistas de controlar a mídia com mão de ferro. Posteriormente, o esposo dela teve que fugir para a Alemanha Ocidental, sob risco de morte, deixando a filha única aos cuidados dos avós.

No 7 de junho de 1948, alguns políticos tchecos renunciam por se recusar a assinar a nova Constituição do governo comunista; e uma semana mais tarde, em 14 de junho, Klement Gottwald foi eleito presidente, apelidado de “presidente operário”. O aumento da repressão levou à fuga de diversos intelectuais, artistas e altos funcionários. Cerca de oito mil pessoas deixaram o país.

A polícia política recebeu ordens de Gottwald para prender imediatamente todos os suspeitos de atividades contra a nova ordem dominada pelo Partido Comunista. Mais de 250 mil pessoas foram condenadas, das quais 178 foram executadas. Cerca de 600 presos não sobreviveram às torturas. Setenta mil pessoas foram condenadas a trabalhos forçados. A título de comparação, 434 pessoas foram mortas ou ficaram desaparecidas durante o regime militar no Brasil…

Milada_HorákováEnquanto o julgamento de Milada e dos outros réus prosseguia, eles eram absurdamente chamados de “traidores da República”, “terroristas”, “agentes dos imperialistas americanos, ingleses e franceses”, “pequenos Hitlers” e “ratazanas que conspiraram nos esgotos contra a classe operária”.

Aos 48 anos de idade, Milada foi condenada à morte por enforcamento, no dia 27 de junho de 1950. Pessoas famosas como Albert Einstein, Winston Churchil e Eleonor Roosevelt pediram a comutação da pena, mas foram ignoradas. Ela foi falsamente acusada de atividades conspiratórias e de espionagem contra o Estado, como se pretendesse derrubar o comunismo com a ajuda das potências ocidentais, iniciando assim uma terceira guerra mundial! Com a mídia nas mãos do governo, essas “fake news” foram divulgadas e muitas pessoas acabaram acreditando em tudo.

A crueldade dos comunistas foi tanta que Milada não foi autorizada a ver os familiares durante seu tempo de prisão. Somente na noite anterior à execução lhe foi permitido, durante quinze minutos, ver a filha, a irmã e o cunhado. Ela tentou abraçar e beijar a menina pela última vez, mas os guardas não permitiram. Eram ordens do governo.

Em 1968 teve início uma revolta na Tchecoslováquia contra a ocupação soviética, conhecida como Primavera de Praga, e a praga do comunismo foi afastada do país. Em 2006, o presidente Václav Haus afirmou: “Milada Horáková é o símbolo perene da resistência ao comunismo. […] Pagou caro a defesa da liberdade e da democracia, apesar dos protestos que na época foram feitos no mundo inteiro.”

ceusEnquanto assistia ao filme, lembrei-me do livro Ainda que Caiam os Céus, do pastor adventista Mikhail Kulakov (Casa Publicadora Brasileira). As semelhanças com a história de Milada são grandes, com a diferença básica de que o pastor Kulakov foi preso pelos comunistas por motivos religiosos, mas com a “desculpa” de que ele realizava “reuniões anti-soviéticas”. A religião conservadora bíblica também é um empecilho para as pretensões comunistas. Sempre foi.

Nem preciso dizer que você precisa urgentemente assistir ao filme “Milada” (tem na Netflix) e ler o livro de Kulakov. Assim poderá conhecer a verdadeira face fascista do comunismo e os perigos entranhados nessa ideologia anticristã.

Michelson Borges

P.S.: Quem sabe um dia alguém publique a história de Vaclav Havel. Ele e a família ficaram dois ou três anos escondidos e protegidos em uma fazenda até conseguirem atravessar a fronteira austríaca. Quem os protegeu? Um pastor adventista. Depois da queda do comunismo e da eleição de Havel, o governo tcheco devolveu à Igreja Adventista as propriedades confiscadas pelos comunistas.

Cuidemos das nossas crianças

Group Of Children Lying On Grass Together In ParkA Bíblia descreve filhos como uma bênção (Sl 127 e 128), independentemente do sexo. O infanticídio e o abandono de bebês (especialmente meninas) era coisa normal entre os vizinhos, mas não em Israel. O sacrifício de crianças em honra aos deuses era comum entre muitos povos (como os cananeus e seu deus Moloque). A Bíblia chama Moloque de “repugnante deus dos amonitas” (1Rs 11:7), e sacrificar crianças a Moloque em Israel era um crime grave, punido com apedrejamento (Lv 20:2).

Nem todos os bebês eram bem-vindos na Grécia Antiga. Havia critérios para garantir a sobrevivência, como mostrava a prática espartana de eliminar os mais fracos. Um conselho de anciãos decidia sobre o direito à vida da criança, com base num critério físico. Um bebê que fosse “indesejado e deficiente” estava automaticamente condenado a morrer.

Numa carta de 1 a.C., um certo Hilarion (provavelmente egípcio) diz sem medo à esposa prestes a dar à luz: “Se for menino, deixe que viva; se for menina, jogue fora.” Abandono de bebês era prática disseminada também entre os romanos. Sêneca afirma que os romanos afogavam os bebês fracos ou malformados, e que esse não era um ato de ira, mas de “razão”.

Nessa mesma época, o judeu Fílon de Alexandria escreve contra essa prática romana absurda. O romano Tácito afirma, com ar de curiosidade, que os judeus consideravam crime matar um bebê. O judeu Flávio Josefo conta que a lei proibia as mulheres de “causar aborto do que é gerado, ou destruí-lo depois”, e chama quem faz isso de “assassino”.

Não havia em Israel o costume pagão de abandonar bebês. Abandonar bebês era algo grave (Ez 16:4-5 refere-se a isso). Filho ou filha, o bebê israelita era sempre assumido, cuidado e amamentado até os dois ou três anos (ou mais). Raramente as mulheres de Israel contratavam amas; eram excelentes mães, devotas. A criança, menino ou menina, já era considerada membro da comunidade religiosa, a quem a história nacional e a religião deveriam ser ensinadas.

Entre os primeiros cristãos, o Didaquê, a epístola de Barnabé, Justino Mártir, Atenágoras de Atenas, e outros, se posicionam firmemente em defesa das crianças (inclusive as não nascidas). A influência do Cristianismo deu um sentido sagrado à vida das crianças, fazendo com que o infanticídio fosse legalmente banido do Império Romano.

O argumento cristão é teológico, não meramente humanista. Deus conhece e se envolve com a criança que cresce ainda no ventre, é o que ensinam textos como o Salmo 139 e o livro de Jó.

Neste Dia das Crianças, ouça mais quem tem histórico a favor delas. E pense se vale a pena dar crédito aos pensadores e “especialistas” que se dedicam à desconstrução de tudo, que acham que “família é invenção capitalista”, que já decidiram que a moral judaico-cristã é a culpada de quase tudo de ruim que existe.

O altar de Moloque tem recebido discurso respeitável, embasamento teórico e bolsa de pesquisa, mas continua sendo “repugnante”.

Isaac Malheiros, via Facebook

Kim Jong-un decide se tornar amigo do papa

kim-jong-unO líder norte-coreano, Kim Jong-un, convidou o papa Francisco para visitar Pyongyang, comunicou a agência Reuters. Segundo o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, ele entregará ao papa da Igreja Católica o convite do líder norte-coreano. Moon se encontrará com o papa no Vaticano entre 17 e 18 de outubro para pedir a bênção e o apoio ao estabelecimento da paz na península coreana e para discutir formas de cooperação futura com o Vaticano. O gesto de Kim Jong-un visa a sublinhar sua intenção de estabelecer paz na península coreana, segundo Reuters. O líder norte-coreano comunicou ao presidente da Coreia do Sul querer convidar para visitar Pyongyang o papa Francisco durante a terceira cúpula intercoreana em setembro. Anteriormente, o representante do Vaticano, Pietro Parolin, declarou que na Basílica de São Pedro será realizada missa especial pela paz na península. Atualmente, não há relações diplomáticas oficiais entre o Vaticano e a Coreia do Norte. A Constituição norte-coreana garante a liberdade religiosa aos cidadãos. Porém, é proibida atividade de entidades religiosas, com exceção das que são controladas pelo país.

(Sputnik)

Nota: Assim como aconteceu com a China, a influência do papa vai sendo estendida por todo o mundo. A Coreia do Norte, como todo país comunista, continuará controlando as atividades religiosas em seu território, mas com essa aproximação entre ela e o Vaticano, o catolicismo conquista uma boa vantagem ali. [MB]