O regime comunista silenciou os cristãos por muitos anos e hoje eles temem sofrer as mesmas perseguições do passado
Em 2014 a cidade foi palco de protestos de grupos separatistas que estavam fortemente armados e usavam tanques de guerra. A agitação ameaçava a liberdade religiosa de 23 anos que alimentou essa geração pós-comunista. Foi nesse cenário que pastores e líderes evangélicos iniciaram a campanha de oração que significa que não foi uma batalha política, mas uma batalha espiritual de proporções épicas, pois a liberdade de adorar, reunir-se como igrejas, orar publicamente e compartilhar sua fé com os outros estava ameaçada.
“Esta é a geração de filhos cujos pais foram mortos por causa da fé, cujos pais passaram a maior parte do tempo na prisão por causa da fé. Conhecíamos a verdadeira face do comunismo e dissemos: ‘Senhor, não sabemos o que fazer. Nossos olhos estão em você, Senhor.’ A única esperança estava no Senhor”, disse o pastor V, um dos principais organizadores da reunião de oração.
O governo comunista durou 72 anos na Ucrânia. Nesse período as igrejas e atividades evangélicas foram proibidas. Muitos cristãos que pregavam, ensinavam das Escrituras ou compartilhavam o Evangelho foram forçados a viver na clandestinidade e foram severamente perseguidos.
As crianças que nasceram nesse período, como relembra o site BP News, foram ensinadas na escola que Deus não existia. Ainda depois da Segunda Guerra Mundial as condições eram perigosas.
Os batistas e outros crentes protestantes na extinta URSS estavam confinados em hospitais psiquiátricos, presos e até privados de seus direitos parentais em alguns casos.
Foram muitos anos até que a liberdade religiosa voltasse ao país e desde então a Ucrânia se tornou o cinturão bíblico da Europa Oriental. É o centro da vida evangélica em toda a antiga União Soviética, liderando o caminho na plantação de igrejas e no envio de missionários.
Mas após a atuação de separatistas de 2014, as igrejas evangélicas foram fechadas e ameaçadas de multas nas principais cidades do território ocupado. Por isso que a campanha de oração tem sido necessária, pois eles temem que o regime comunista volte a calar a igreja. “Nesse momento, eu teria medo de não orar”, disse o pastor V. “Nós sabemos o que está em jogo.”
Nota: Quem viveu os horrores dos regimes comunistas ateus não quer sob hipótese alguma a volta desse tipo de ditadura perseguidora e opressiva. Se você duvida de que a situação dos cristãos foi tão difícil nesses países, sugiro a leitura do livro Ainda que Caiam os Céus, do pastor adventista Mikhail Kulakov, um dos muitos líderes religiosos perseguidos pelo governo comunista da antiga União Soviética. [MB]
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