O que une nazistas, fascistas e comunistas

revolucao“Matar pessoas, em uma revolução, é uma contingência.” Nada mais diabólico na política do que se achar justificado em matar nossos semelhantes para concretizar um plano político. É esse o grande (e nocivo) laço que une nazistas, fascistas e comunistas: todos eles acreditam que têm uma boa razão em assassinar e perseguir pessoas; e que esse “fim” é tão “nobre” que lhes concede um tipo de “imunidade” ética em suas ações morais. A face humana do outro logo é perdida; meus deveres morais para com o meu próximo são lançados fora.

O revolucionário é movido por uma paixão: a paixão por si mesmo na construção de um novo mundo que só existe na cabeça dele e nos escritos dos seus pares ideológicos. No fim das contas, quando você vir alguém combatendo o nazismo, mas ao mesmo tempo exaltando Lênin, Stalin, Che Guevara, Marighella, Ustra ou qualquer outra figura do “bem”, saiba que aquilo que os une é muito mais forte do que aquilo que os separa.

Na prática, eles não lamentam os campos de concentração. O que eles lamentam é que os torturadores não estavam do lado dos seus pares.

Matar, para esse pessoal, é mero detalhe.

(Bruno Ribeiro Nascimento é doutorando em Filosofia pela UFRN e professor de Filosofia)

Nota: Os que conhecem a Bíblia bem sabem onde nasceu o espírito revolucionário e a que ele levou. Perder a face humana do próximo para defender uma causa é abandonar o essencial do cristianismo e negar o motivo principal pelo qual Jesus abriu mão do Céu para morrer em nosso lugar. Não precisamos de revolução; precisamos de conversão. Não precisamos construir um mundo novo; precisamos que o Céu intervenha logo neste planeta. A volta de Jesus é nossa única esperança. [MB]