Propaganda dos correios da Noruega cria polêmica ao apresentar símbolo do imaginário infantil beijando outro homem.

Em dezembro do ano 2000, a revista masculina Playboy trouxe na capa a dançarina Carla Perez seminua tendo por trás de si um idoso vestido de Papai Noel, segurando-lhe as mãos que escondiam os seios. A publicação causou polêmica por ter maculado um dos ícones clássicos da infância. Na época, “o então juiz da Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro, Siro Darlan, chegou a pedir ao Ministério Público que a revista fosse vendida em uma embalagem escura e lacrada” (G1), e chegaram até cogitar recolher os exemplares das bancas. Neste ano (depois da polêmica com o filho do Superman) foi a vez de um comercial do correio norueguês causar celeuma com a figura do “bom velhinho”, mostrando-o beijando outro homem em um vídeo que está circulando o mundo e foi, inclusive, elogiado por setores da mídia no Brasil. O Secretário Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciuncula, afirmou hoje que fará uma notícia-crime contra os veículos que divulgaram a propaganda norueguesa. Em seu Twitter, Frias explicou que a veiculação do anúncio pode ser entendida como desrespeito à fé católica, uma vez que Papai Noel é inspirado na figura de São Nicolau, sendo, portanto, vilipêndio de símbolo religioso.
Leia a seguir duas manifestações a respeito da propaganda:
“Agora o Papai Noel é gay. Pelo menos na propaganda dos correios da Noruega. Existe uma agenda progressista que quer convencer a sociedade pela insistência e repetição. Essa não é uma estratégia nova. Alguns movimentos na história também já repetiram mentiras até que elas parecessem verdade. No caso da propaganda norueguesa, a mentira é a mesma que outras empresas e movimentos sociais contam e tentam convencer a todos (especialmente nossas crianças). A mentira de que as relações homossexuais são naturais.
“Cada pessoa é livre para fazer o que quiser com seu corpo. O que as pessoas fazem em seu círculo particular diz respeito apenas a elas. Mas tentar impor um comportamento (usando força, literatura, arte ou qualquer outro meio cultural) é baixo e desleal. Especialmente usando uma figura que apela ao imaginário infantil.
“Mesmo com toda a insistência, o que é antinatural nunca será natural. Quem disse isso? Um profeta inspirado por Deus:
“Romanos 1:25-27: ‘Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém. Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão.’
“Nenhuma quantidade de repetição mudará aquilo que o Criador estabeleceu. Sempre é bom reafirmar que há graça para quem quiser se arrepender e mudar de vida. A mentira precisa de repetição para convencer. A Verdade sempre será verdade e precisa ser vivida e reafirmada. Não tenhamos medo de falar a Verdade! Sigamos firmes!”
(Pastor Felippe Amorim, apresentador do programa Bíblia Fácil, da TV Novo Tempo)
“O Papai Noel não era gay, não era hétero, não era nada – ele era apenas Papai Noel. Por um motivo simples: as gerações antigas estavam pouco ligando para a sexualidade do Papai Noel. Ele era apenas uma fantasia. Ninguém pede o CEP do Coelhinho da Páscoa, ou o CPF da Fada Madrinha. São informações irrelevantes. Agora, ele é gay. Por quê? Simples: agora há um motivo ideológico para sua existência.
“Até dias atrás, o Papai Noel era um velho europeu, usado pelas empresas capitalistas para ganhar dinheiro. Hoje a nova esquerda faz as pazes com o bom velhinho pelo simples fato de mudarem sua sexualidade. Notaram? O que importa é a sua opção sexual.
“Dizem por aí que os antigos se importavam muito com a sexualidade alheia. Mentira. Pode até ser que eles falassem da vida do outros, tudo bem, não eram santos. Ainda assim, nada em comparação ao que temos hoje. A prova? Ninguém queria saber da sexualidade do Papai Noel.
“Acusam os conservadores de tentar retornar no tempo, para quando as pessoas não tinham liberdade de escolher sua opção sexual. Longe disso, antes a liberdade era maior, tão maior que o Papai Noel poderia ser o que quisesse e ninguém perguntava. Agora o Papai Noel é obrigado a ser gay. O médico precisa apoiar a causa LGBTQIZXZ+, senão é uma pessoa horrível. O escritor necessita criar um romance que ajude alguma causa social, se isso não ocorrer, os aplausos não virão. O diretor de cinema deve encontrar alguma relevância social, apenas assim sua obra será arte. É o novo maniqueísmo: tudo que não é hétero é bom – tudo que é hétero é ruim. Na busca por sobreviver no nosso mundo, cada um se apega ao que dá. Agora, o Papai Noel é gay.
“Não se espantem se nos próximos anos encontrarmos o Coelhinho da Páscoa vivendo em uma relação de poliamor com o Lobisomem, o Saci e a Caipora. E ainda usando narguilé – e o pior: ouvindo K-Pop. Deus, salvai-nos deste mundo!”
(Patrike Wauker, professor e mestre em Estudos Literários na Faculdade Adventista da Bahia)
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