Em 7 de setembro de 2017, um terremoto de 8,2 na escala de magnitude atingiu a região sul do México, matando dezenas e ferindo centenas de pessoas. Embora os terremotos sejam bastante comuns na região, esse impactante acontecimento não foi exatamente um tremor corriqueiro. E o motivo disso é que parte da placa tectônica responsável pelo terremoto, de quase 60 km de espessura, foi totalmente dividida ao meio, conforme revela novo estudo publicado na revista científica Nature Geoscience. Tudo isso aconteceu em questão de segundos, coincidindo com uma colossal liberação de energia. “Se entendida como um imenso bloco de vidro, essa ruptura causou uma enorme fenda exposta”, diz o autor principal Diego Melgar, professor assistente de sismologia de terremotos na Universidade de Oregon. “Todos os indícios apontam que a placa se quebrou em toda a sua espessura.”
Fragmentações de tamanha dimensão foram observadas anteriormente em poucos lugares do mundo, tendo todos esses épicos terremotos algo em comum: ninguém sabe de verdade como acontecem. E essa lacuna de conhecimento é grave, porque enormes populações, desde a costa oeste das Américas até os litorais lestes do Japão, podem estar sob a ameaça desses enigmáticos terremotos.