O estudo e o preparo acadêmico podem nos tornar melhores missionários

diplomaOntem um amigo médico me surpreendeu com a notícia de que deixará “tudo” para se tornar médico-missionário. Conheço outros profissionais graduados que também dedicam a vida para servir exclusivamente a Deus e ao semelhante, e admiro essas pessoas, e oro por elas. Outros, mesmo mantendo o emprego e suas atividades profissionais normais, têm forte o senso de missão e são capazes de alcançar com o evangelho pessoas de um círculo social a que outros não têm acesso.

Quando cursava Jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina, cheguei a pensar em desistir da faculdade pela metade, a fim de iniciar o curso de Teologia. Estava desanimado com o secularismo reinante no campus (e o ótimo curso de Jornalismo do Unasp ainda não existia). Até que conheci um adventista vendedor de livros usados que me deu um conselho que carrego comigo até hoje: “Termine seu curso, você será mais útil à obra de Deus. Além disso, onde as trevas são mais intensas é justamente ali que nossa luz deve brilhar.” Assumi aquilo como uma diretriz, um propósito. Procurei ser o melhor aluno possível e decidi fazer um trabalho de conclusão de curso relacionado com a chegada do adventismo ao Brasil (material que depois foi transformado em livro lançado pela CPB com o título A Chegada do Adventismo ao Brasil, e que será relançado em breve). Graças a Deus, muitos amigos e praticamente todos os professores na época ficaram conhecendo o adventismo e sua história, graças a essa pesquisa. Nem preciso dizer que isso me deixou muito feliz.

Depois de formado, pedi a Deus que Ele me permitisse usar meus conhecimentos em Sua obra. Depois de trabalhar dois anos e meio como professor e editor/apresentador de um programa diário na rádio Novo Tempo de Florianópolis, por um milagre, fui chamado para ser editor na Casa Publicadora Brasileira. Por que milagre? Porque eu era bem jovem na época (tinha pouco mais de 20 anos), era recém-formado, ainda não tinha cursado Teologia (quase todos os editores da CPB têm duas graduações) e não conhecia ninguém na editora. Apenas havia enviado meu currículo alguns anos antes, escrevia e remetia pelo correio alguns artigos de vez em quando, e pedi a Deus uma oportunidade. Foi o que fiz. Mas você acha que eu teria realizado esse sonho se tivesse desistido da faculdade? O “canudo” e os conhecimentos adquiridos durante meu tempo de acadêmico pude dedicá-los a Deus e foram determinantes para o meu chamado.

Um engenheiro pode fazer o mesmo? Um advogado? Um músico formado? Um biólogo? Mas é óbvio que pode! Deve! E há espaço para todos na obra de Deus, quer como obreiros assalariados, quer como voluntários. Uma pessoa sem formação acadêmica também pode e deve trabalhar para Deus e fazer uma grande obra para Ele, mas há situações em que apenas uma pessoa graduada poderá atuar – um médico ou dentista, por exemplo.

Assim, ninguém tem o direito de desestimular nossos jovens para que não enveredem pela carreira acadêmica. Devemos, sim, é incentivá-los e ajudá-los a enfrentar com determinação esse período da vida. Auxiliá-los na construção de uma sólida cosmovisão bíblica e criacionista, a fim de que sejam uma luz na universidade e, depois, uma bênção para a sociedade e para a igreja.

Sigamos os conselhos inspirados:

“Os jovens que desejam entrar no campo como pastores ou colportores, devem primeiro obter um razoável grau de preparo mental, bem como ser especialmente exercitados para sua carreira. Os que não foram educados, exercitados e polidos não se acham preparados para entrar num campo onde as poderosas influências do talento e da educação combatem as verdades da Palavra de Deus. Tampouco podem eles enfrentar com êxito as estranhas formas de erros religiosos e filosóficos combinados, cuja exposição requer conhecimento de verdades científicas, como também bíblicas” (Ellen G. White, Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 514).

“Querida mocidade, qual é o alvo e propósito de vossa vida? Tendes a ambição de educar-vos para poderdes ter nome e posição no mundo? Tendes pensamentos que não ousais exprimir, de poderdes um dia alcançar as alturas da grandeza intelectual; de poderdes assentar-vos em conselhos deliberativos e legislativos, cooperando na elaboração de leis para a nação? Nada há de errado nessas aspirações. Podeis, cada um de vós, estabelecer um alvo. Não vos deveis contentar com realizações mesquinhas. Aspirai à altura, e não vos poupeis trabalhos para alcançá-la” (Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 82; leia mais aqui).

Michelson Borges

A notoriedade de Ellen White e suas contribuições para a ciência

White-EllenEnquanto eu ainda estava deitado pela manhã, me veio à mente a ideia de escrever sobre um assunto um tanto quanto polêmico: a famigerada escritora norte-americana Ellen G. White (EGW). Quem acompanha meu trabalho sabe que eu nunca me interessei em escrever especificamente acerca dessa ilustre mulher. Aliás, vou abrir meu coração para você: eu não sou exatamente um “estudioso” das obras de Ellen tanto quanto devem ser os outros colunistas deste blog; não sei muito de sua biografia, conheço pontualmente assuntos tratados por ela em apenas alguns campos. Por isso acredito que eu seja a pessoa ideal, pelo menos entre os colunistas deste blog, para analisar o tema a ser discutido neste artigo.

Exemplos de preconceito ao se mencionar Ellen

Tenho observado de perto o preconceito gerado quando se menciona o nome de Ellen White em grupos e comunidades criacionistas nas redes sociais. Só para citar alguns poucos exemplos, são frequentes comentários do tipo: “Ellen White, é sério isso? Nem pretendo ler”, “Ellen White falou um monte de baboseira”, “Você acha que vou usá-la como base científica? Nunca!”, ou: “Usar Ellen White como base científica é forçar a barra.” E por aí vai.

Isso sempre me causou estranheza e despertou curiosidade. Aqui vai uma pergunta retórica: Se em grupos como esses são mencionadas fontes bibliográficas de autores cristãos diversos a fim de apoiar argumentos criacionistas, por que a simples menção aos escritos de EGW gera tanta revolta? Bem, essa foi a curiosa comoção causada, em um grupo de assuntos criacionista, por uma recente matéria postada neste blog, intitulada “Pesquisas com híbridos reforçam o que Ellen White escreveu no século 19”.

O autor da matéria, jornalista Michelson Borges, teve que se justificar quando confrontado por criacionistas não adventistas, fazendo a seguinte réplica:

“Não a coloquei como ‘base’ de nada. Apenas disse que uma afirmação que ela fez no século 19 aparentemente foi confirmada pela ciência, como muitas outras. Em anos recentes, os cientistas estão fazendo experiências de hibridização de espécies diferentes, coisa impensável poucos anos atrás, antes da era da engenharia genética. Curiosamente, uma escritora do século 19 tocou nesse assunto e, obviamente, foi mal compreendida na época. Hoje se constata que ela tinha razão. Só isso. Não a usei como ‘referência científica’ de nada. Pelo contrário: parti da descoberta científica e apontei para um texto antigo em que ela falava a mesma coisa. Se em lugar de ter sido EGW fosse Agostinho, ou Calvino, ou Lutero, ou mesmo, vá lá, Nostradamus, qual teria sido a reação ao post? Um dos conselhos importantes de Paulo é este: ‘Não desprezem as profecias. Analisem tudo, retenham o que for bom’ (1Ts 5:20, 21). A atitude de um pesquisador honesto da verdade é sempre conceder o benefício da dúvida e seguir as evidências, levem aonde levar.”

Contudo, é importante fazer aqui uma ressalva a fim de não cairmos em generalizações desnecessárias: nem todo criacionista não adventista apresenta essa postura de repulsa e preconceito. Dois bons exemplos podem ser vistos nos seguintes comentários equilibrados e de bom senso, escritos naquele mesmo grupo:

“O que importa é se a fonte é passível de verificação científica, seja ela Ellen White ou qualquer outro. Se ela é passível de observação, experimentação, formulação de hipóteses ou previsibilidade. Não sou adventista, mas vejo o quanto a Igreja Adventista tem contribuído no campo científico” (Zenaldo Marinho, secretário de Agricultura de Campina Grande).

 “Não sou adventista, porém acho que podemos usar qualquer autor iluminado por Deus em nossas citações. Se eu postar algo citado por Max Lucado, ficará melhor? Temos que ver se o problema é com a autora ou com a denominação a qual ela representa. O segundo é preconceito” (Alexandre Kretzschmar, pentecostal, autor do livro Onze de Gênesis).

Como afirma o professor adjunto do Departamento de Química da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Dr. Draulio Sales, “independentemente de ser Ellen White ou qualquer outro escritor, faz parte de um pesquisador, independentemente de ser criacionista ou evolucionista, ler qualquer material para opinar sobre ele. Às vezes, queremos que os evolucionistas respeitem nossas leituras e posições (muitos também não querem ler), mas agimos com preconceito da mesma forma”.

Para Glauber Araújo, pastor, mestre em Ciências da Religião e editor de livros na Casa Publicadora Brasileira, “todo criacionista (adventista ou não) precisa conhecer e ter os escritos de Ellen White, considerando a forma como ela influenciou o surgimento desse movimento do qual hoje participamos. O historiador da ciência Ronald Numbers discute a questão da história e do surgimento do criacionismo, especialmente em seu esforço moderno de conciliar o livro de Gênesis com as teorias científicas. No capítulo em que ele fala sobre George McCready Price, é discutido o papel influenciador de Ellen White sobre Price, e a forma como ele tentou comprovar a posição criacionista de White usando o conhecimento que ele tinha de geologia. Embora Ellen White não seja aceita como profetisa por todos os criacionistas, se o link que Numbers faz entre Price e White é realmente válido, devemos colocar Ellen White como uma das principais influenciadoras do criacionismo moderno. Embora a produção literária de White não seja ‘científica’, no sentido estrito da palavra, seu poder de influência sobre o criacionismo americano não pode ser simplesmente descartado. Se a tese de Numbers realmente se confirma, um criacionista que nunca leu o que White falou sobre criacionismo seria a mesma coisa que um metodista que nunca leu John Wesley, ou um presbiteriano que nunca leu João Calvino”.

Talvez o problema esteja no preconceito em relação a ela ser ou não uma profetisa, e não em relação as suas declarações pertinentes que contribuíram com as diversas áreas do conhecimento humano. Segundo Leonardo Souza, estudante de Teologia do Instituto Adventista Paranaense (IAP), “não há nada de errado em demonstrar que a ciência atual confirma coisas que ela [Ellen White] já havia falado. Precisamos ter cuidado para que o preconceito contra as declarações proféticas dela não nos faça confundir as coisas como se ela fosse menos que qualquer outro autor devocional, com declarações extremamente pertinentes para várias áreas do conhecimento e reconhecidas por varias entidades não adventistas”.

A influência de Ellen nas diversas áreas do conhecimento

Influência na sociedade – Foi divulgada em novembro uma inusitada lista com os nomes dos 100 norte-americanos mais influentes de todos os tempos. A listagem é um trabalho da Smithsonian Magazine, uma publicação que pertence ao Smithsonian Institute, e inclui a escritora adventista Ellen White. (Saiba mais na matéria “Ellen White na lista de americanos mais influentes”.) Inclusive a Universidade de Oxford, uma renomada instituição de ensino, publicou uma obra sobre Ellen White intitulada Ellen Harmon White: American prophet.

Educação e saúde – “O sistema educacional adventista, as inúmeras clínicas e os hospitais de referência (como o de Loma Linda), bem como a ênfase criacionista que a IASD mantém, você acha que vêm em grande parte a partir dos conselhos de quem? No mínimo um pouquinho de respeito em relação a estas contribuições seria bem-vindo”, pediu Michelson Borges no referido debate no grupo criacionista.

“Principalmente em matéria de saúde e qualidade de vida, a igreja foi pioneira graças a ela, numa época em que se fechavam as janelas e se trancavam no quarto para curar gripe, ou praticavam sangria para curar s febre. É surpreendente todo esse conhecimento sendo escrito por uma mulher que não terminou a quarta série do primário”, disse Isaias de Almeida, bacharel em Teologia Faculdade Adventista da Bahia.

Geologia e paleontologia – Para os amantes de Geologia, Paleontologia e ciências naturais, existe um livro gratuito intitulado Geologia e Ciências Naturais: Declarações de Ellen White, editado pela Unaspress.

“O interessante é que cientistas criacionistas não adventistas chegaram às mesmas conclusões que Ellen White, inspirada por Deus, ao escrever sobre como se formou o petróleo, como se deu a formação praticamente instantânea de fósseis no dilúvio, a questão da geologia da Terra antes e após o dilúvio, etc.”, disse também Isaias.

Física, Cosmologia e mais saúde – Vejamos alguns comentários bem interessantes de pesquisadores acerca desse tema. O astrônomo Josué Cardoso dos Santos, embaixador da Osiris-Rex Sample Return Mission, coordenada pela Universidade do Arizona, diz:

“É importante ressaltar também outros aspectos, tais como o espaço aberto em Órion [ver a matéria “A beleza e os mistérios de Órion”], o sistema nervoso e tumores causados por determinados tipos de alimento que só foram descobertos nos séculos 20 e 21. No tempo dela, muitas dessas coisas eram loucura e impossíveis de se verificar. Por isso, é importante ressaltar e valorizar as contribuições dela e de tantos outros para a causa criacionista. Só podemos enxergar mais longe estando sobre os ombros de gigantes! Entendo quão relevantes foram as respostas e informações que a cosmovisão biblico-criacionista dela nos deram. Sem dúvida, proveu assim um embasamento e suporte para todos nós, de que é essa a mais fidedigna visão de mundo. Esse é um ponto sobre o qual qualquer criacionista pode concordar razoavelmente bem.”

O físico Dr. Cleomacio da Silva, professor adjunto da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco (UPE), faz a seguinte declaração: “As afirmações de Ellen White sobre Deus não violam Suas leis naturais, estão de acordo com estudos realizados por físicos, como Tipler. Como foi Tipler que disse, o mundo aplaudiu, mas, quando Ellen White fala, as críticas surgem. Estudei e estudo os escritos de Ellen White, e todas as suas afirmações são verdadeiras. Afirmo que, aos 53 anos, tenho vitalidade de um jovem, por seguir seus conselhos sobre saúde.”

Para finalizar, deixo mais um comentário pertinente do idealizador e mantenedor deste blog acerca da importância de lermos e pormos à prova, antes de rejeitarmos a priori por preconceitos, as informações úteis de Ellen White: “Precisamos conhecer bem o que rejeitamos, antes de rejeitar, e conceder o benefício da dúvida, especialmente quando as evidências são fortes. O fato é que, se ela realmente foi inspirada por Deus e eu a rejeitar sem conhecer seus escritos, estarei perdendo grandes oportunidades de ter contato com um conhecimento útil; se ela não foi inspirada, estudar o que ela escreveu representará apenas perda de tempo (ou não…). O que se exige do cristão é que, antes de descartar qualquer pretenso profeta, o submeta aos testes bíblicos, a fim de evitar dois problemas: (1) rejeitar um verdadeiro profeta ou (2) aceitar um falso. Para finalizar, algo que me chama a atenção: especialmente nossos irmãos pentecostais dão muito valor às profecias (o que não está errado, evidentemente) e aceitam muitas pessoas como sendo profetas hoje em dia (mesmo pessoas cujas profecias falham, o que é uma reprovação óbvia no primeiro requisito/teste). Mas, para alguns desses, quando se fala em Ellen White, é um Deus nos acuda! Não entendo isso, a não ser por uma coisa: preconceito. Meu conselho aos duvidosos é: em lugar de ficar assistindo a vídeos com críticas infundadas aos adventistas e a Ellen White ou reproduzindo ataques, vão à fonte. Leiam o que ela escreveu. Se estiver em desacordo com a Bíblia e a ciência, descarte. Mas, se estiver de acordo, agradeça a Deus pelo presente.”

(Everton Alves)

O diabo é o pai das fake news e dissidentes lhe seguem o exemplo

fakeRecentemente um grupo de dissidentes adventistas espalhou uma notícia falsa envolvendo o presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, pastor Ted Wilson. Esses dissidentes chegaram a divulgar fotos de um suposto encontro ecumênico em que líderes adventistas estão reunidos com líderes de outras igrejas. Só que é tudo mentira. Essas pessoas mal intencionadas se apropriaram dessas fotos e distorceram completamente o contexto das imagens. Em sua página oficial no Facebook, o pastor Wilson explicou o que aconteceu na ocasião e revelou a verdade a respeito do assunto. O mínimo que esses espalhadores de boatos deveriam fazer é se retratar, e se não o fizerem com o mesmo empenho e a mesma pressa com que espalharam a mentira, simplesmente estarão revelando o espírito com que trabalham. Aos adventistas do sétimo dia fica mais uma vez a lição de que, nestes tempos de fake news (notícias mentirosas), em que boatos se espalham como fogo na palha, é preciso muita cautela, “desconfiômetro” e bom senso para ler certas coisas. E muita responsabilidade ao compartilhar conteúdos. Verifique sempre a origem das informações antes de replicá-las. [MB]

“Recentemente, algumas pessoas perguntaram sobre um rumor que circula na internet fazendo falsas alegações de que o pastor Ted Wilson, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Mikhail Kaminsky, presidente da Divisão Euro-Asiática e outros líderes da igreja estiveram ‘em unidade’ para reverter a Reforma Protestante e ajudar a curar a ferida citada em Apocalipse 13. Esse rumor é muito infeliz e uma terrível representação falsa dos fatos, e somos gratos às pessoas muito preocupadas que nos contataram em relação a esse falso rumor.

“O evento em questão foi realizado em 31 de outubro de 2017, em Moscou, Rússia. Foi comemorativo do 500º aniversário da Reforma Protestante. Uma foto recentemente divulgada na internet faz afirmações falsas sobre o motivo pelo qual os pastores estavam de pé. Ao invés de ‘estar em unidade’, os pastores Wilson e Kaminsky faziam parte da assistência de cerca de 400 pessoas que se levantaram para o hino nacional no início do programa. Os dois líderes adventistas estavam na segunda fila, onde alguns dos palestrantes foram colocados. A imagem que está circulando não mostra as muitas pessoas que estão atrás deles.

“Foi nesse programa que o pastor Wilson falou e conseguiu compartilhar a nossa obrigação de proclamar as mensagens dos três anjos de Apocalipse 14, defender os cinco pilares da Reforma Protestante, indicando que devemos continuar a Reforma Protestante.

“Esses tipos de vídeos e artigos que promovem tais falsidades deturpam a verdade e os acontecimentos ocorridos. Que Deus proteja as pessoas de acreditar em algo que é uma terrível mentira.

“Para saber o que realmente aconteceu neste evento, veja este artigo, publicado na Rede Adventista de Notícias, no dia seguinte ao evento (clique aqui).

“Que o Senhor nos mantenha focados na Sua Verdade encontrada na Sua Palavra, a Bíblia, e em alcançar os outros com as muito importantes mensagens dos três anjos neste tempo.”

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10 Dias de Oração | Família: bênção de Deus

Pesquisas com híbridos reforçam o que Ellen White escreveu no século 19

embriaoPesquisadores norte-americanos produziram um novo tipo de embrião híbrido de ovelhas com humanos. O objetivo desse estudo não é criar um animal quimérico meio ovino meio humano que saia andando por aí, mas, sim, doação de órgãos – ou seja, usar partes cultivadas do corpo humano dentro de animais para transplante. Os cientistas introduziram células-tronco humanas em embriões de ovelhas, resultando em uma criatura híbrida que é mais de 99% ovelha. Todos os embriões criados no experimento foram destruídos após 28 dias. “A contribuição das células humanas até agora é muito pequena. Não é nada como um porco com rosto humano ou cérebro humano”, disse o biólogo Hiro Nakauchi, da Universidade de Stanford, em uma apresentação da pesquisa realizada em Austin, no Texas. Os pesquisadores explicaram que, por contagem de células, apenas cerca de uma em cada 10.000 (ou menos) nos embriões de ovinos são humanas. O experimento se baseou em estudos anteriores da mesma equipe. Esses estudos envolveram colocar células humanas em embriões de porcos em laboratório, com sucesso.

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Cristãos são doentes mentais?

O mundo em que vivemos tem paradoxos tão marcantes que, apesar de nos espantarem, também ajudam a perceber o estado em que nos encontramos. Na semana passada, Omarosa Manigault, escritora e atriz americana que trabalhou na Casa Branca com a administração Trump, disse que o vice-presidente norte-americano Mike Pence (foto ao lado) é “extremista” e que ele acha que Jesus fala com ele. Na opinião de Omarosa, que também é uma pastora ordenada por uma igreja batista na Califórnia, Jesus não fala com ninguém. Após essas declarações, Joy Behar, comediante e atriz com vários programas na TV americana, disse que Pence sofre de “doença mental”, alargando esse diagnóstico à sua condição de cristão. Nessa ocasião, não nos debruçaremos sobre o que realmente é falar com Deus ou Deus falar conosco. Faremos apenas um contraponto com uma notícia surgida alguns dias antes.

Gwyneth Paltrow, atriz famosa, organizou em janeiro um retiro espiritual que contou com cerca de 600 convidados, entre os quais médiuns, leitores de cartas de tarô e curandeiros, num evento que permitiu aos participantes ter acesso a terapias espirituais e até mesmo falar com os mortos (confira aqui). Ao que consta, nem a senhora Omarosa, nem a senhora Behar, nem qualquer outra destacada figura da sociedade veio a público classificar a iniciativa como configurando algum tipo de problema de saúde mental.

Portanto, a conclusão parece ser simples: de acordo com a opinião mainstream veiculada (ou impingida) às pessoas, falar com Jesus (que está vivo) é uma insanidade; por outro lado, falar com os mortos (aqueles que já não existem) não merece reparo algum. Este é um pequeno exemplo de como as mentes são formatadas para acreditar em uma mentira:

“Disse o anjo: ‘Não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?’ Hão de os vivos recorrer aos mortos em busca de informações? Os mortos nada sabem. Para saber acerca do Deus vivo, vocês vão aos mortos? Afastaram-se do Deus vivo para falar com os mortos que nada sabem” (Ellen White, Primeiros Escritos, p. 59).

Perceba agora como é que foi possível chegar até este ponto: “Deus não deu a Satanás o poder de ressuscitar mortos. Mas os anjos de Satanás assumem a forma de amigos mortos, e falam e agem como eles a fim de, mediante supostos amigos mortos, poder melhor levar avante sua obra de engano. […] Satanás virá de maneira muito plausível àqueles a quem possa enganar, e se insinuará em seu favor, e quase sem o perceberem os afastará de Deus. Pô-los-á sob o seu controle, cautelosamente a princípio, até que sua capacidade de percepção se torne embotada. Fará então sugestões mais ousadas, até que possa conduzi-los a cometer qualquer espécie de crime. Quando os tem totalmente em sua armadilha, deseja que vejam onde estão, e alegra-se na confusão deles” (Ellen White, Vidas que Falam, p. 170).

E, assim, o mundo quase todo está (e estará) enganado.

(O Tempo Final)

Os perigos da crença na imortalidade da alma

imortalidade

Alguns cristãos não conseguem perceber as implicações bíblicas de acreditar na imortalidade da alma. Eis algumas delas:

1. Espíritos enganadores personificam os mortos trazendo mensagens que supostamente vem do céu mas que contrariam a Palavra de Deus;

2. O caráter de Deus é mal representado pela crença de que as almas dos ímpios queimará por toda a eternidade, enquanto os santos gozarão da vida eterna.

A Bíblia revela que haverá condenação para os ímpios. Entretanto, cada um receberá de acordo com as suas obras. O lago de fogo consumirá definitivamente pecados e pecadores;

3. O sacrifício de Jesus Cristo como o único doador da imortalidade é minimizado, uma vez que a imortalidade é inerente aos seres humanos;

4. A bendita esperança da ressurreição dos mortos perde a sua validade. Se ao morrer os seres humanos já são imediatamente recompensados com o céu, qual a razão da ressurreição?

5. A principal doutrina bíblica, a segunda vinda de Jesus, perde sua razão de existir, uma vez que ao morrer os salvos já estão com Ele no Reino dos céus.

O dragão tem raiva da mulher. Que bom!

mulher-e-dragãoApocalipse 12:17 afirma que o dragão está irado contra a mulher e faz guerra aos remanescentes, ou seja, o que sobrou da linhagem dela. Você sabe quem é essa mulher? Sabe quem é o dragão? São símbolos muito familiares para os que estudam a Bíblia Sagrada. Em linguagem profética, mulher representa igreja (Ef 5:25) e dragão, como o próprio Apocalipse deixa claro, é o anjo caído, Satanás (Ap 12:7-9). Essa mulher está vestida de Sol (Jesus: Ap 12:1; Jo 8:12; Ml 4:2) e tem a Lua debaixo dos pés (possível representação do sistema sacrifical do Antigo Testamento, que apenas refletia a missão redentora de Cristo, ou mesmo o ministério dos profetas, que igualmente apontava para a Luz). Além disso, ela tem uma coroa de doze estrelas (as doze tribos e os doze apóstolos: Gn 37:9; Dn 12:3; Ef 2:20). Resumindo: Satanás tem estado irado e está perseguindo a igreja de Deus ao longo da história da humanidade, desde o Antigo Testamento até hoje. E atualmente a ira dele se volta especialmente contra o remanescente dessa igreja perseguida (Ap 12:17); um povo que preserva as doutrinas, os princípios e a esperança defendidos pela igreja verdadeira desde sempre. Basta ler Apocalipse 12:17 para identificar facilmente esse povo remanescente da igreja de Cristo: eles guardam os mandamentos de Deus expressos em Êxodo 20 e têm o testemunho de Jesus, que é o verdadeiro dom de profecia (Ap 19:10). Ficou fácil identificar, né? Estude com oração esse capítulo importante do Apocalipse (o 20) e tome sua decisão em relação a isso.

O ódio do dragão se deve ao fato de que as “portas do inferno” não têm prevalecido contra o povo de Deus (Mt 16:18) e ele tem feito todos os esforços possíveis para impedir a obra final dessa igreja. Usou de perseguição e matança especialmente no tempo do Império Romano e na época da Inquisição, e continua fazendo sua obra nefasta de criticar, difamar e mentir, usando instrumentos de fora e, pior, de dentro.

Vídeos contra a igreja há aos montes por aí, com as mais diversas mentiras a respeito de um povo que crê na justificação pela fé, afinal, segundo Ellen White, essa doutrina está no âmago das três mensagens angélicas de Apocalipse 14 proclamadas desde o século 19 pelos adventistas do sétimo dia. Um povo que crê na salvação unicamente pela graça e pela fé nos méritos de Cristo. Um povo cuja fé é protestante (sola gratia, sola fide, sola scriptura, solus Christus e soli Deo gloria) e evangélica, mas que, pelo fato de fazer algo mais (por exemplo, levar em conta as regras dietéticas bíblicas e guardar o santo sábado de Deus, o memorial da criação) é tido equivocadamente como uma seita. Bem, sempre foi assim. Os cristãos da igreja primitiva também foram chamados de “seita” (At 24:14). Portanto, não faz mal não ser considerado “evangélico”, “protestante” ou seja lá o que for, desde que sejamos bíblicos e pertençamos à igreja de Apocalipse 12.

Além da crítica e da perseguição dos “de fora”, há também o ódio dos que já foram de dentro (se é que um dia realmente foram). Grupos dissidentes que se consideram mais iluminados teológica e moralmente levantam todo tipo de calúnia, como uma recente em que estamparam em um jornal fotos de líderes adventistas com líderes de outras denominações e disseram que aquilo era um encontro ecumêmico. Obviamente que não era. Tratava-se de uma reunião sobre liberdade religiosa no mundo. A Igreja Adventista colabora com outras igrejas nesse sentido e apoia projetos que visam ao bem comum, embora continue convicta de que não deve participar de movimentos ecumênicos com finalidade teológica/doutrinária, afinal, esse tipo de união acabará por reforçar decisões restritivas da liberdade, como o descanso dominical. Somamos esforços em projetos conjuntos que não violem nossos princípios e nossas crenças bíblicas. Aquelas fotos publicadas no tal jornal e espalhadas nas redes sociais não representam a verdade dos fatos, o que faz dos tais dissidentes pessoas equivocadas em sua interpretação da realidade ou simplesmente mentirosos. E todo leitor da Bíblia sabe quem é o pai da mentira (Jo 8:44). Cabe às pessoas prudentes e de bom senso não se unir aos espalhadores de boatos e não contribuir para essa obra de engano maliciosa e mal-intencionada. Antes de dar um clique no “compartilhar”, sempre devemos nos perguntar se a informação é verdadeira e se vai contribuir para a edificação das pessoas. Caso contrário, isso terá grande peso de responsabilidade espiritual sobre quem compartilhou a mentira.

Pertenço à Igreja Adventista do Sétimo Dia desde os meus 19 anos. Não foi fácil abandonar minhas convicções anteriores (romanistas, marxistas e evolucionistas) e abraçar as doutrinas bíblicas defendidas e pregadas pelos adventistas. Foi um processo doloroso (saiba mais sobre isso aqui), mas valeu a pena. À medida que me aprofundava nos estudos das doutrinas e na história desse movimento (algo que venho fazendo há mais de duas décadas), mais impressionado eu ficava com o papel profético da igreja e com sua missão. Os adventistas sabem que não é “placa de igreja” que salva e que nem todo adventista herdará a vida eterna. Sabem também que há muitas pessoas sinceras em todas as religiões e que elas ouvirão a voz do verdadeiro Pastor as convidando para fazer parte do aprisco verdadeiro (Jo 10:16; Ap 18:4). Sabem que no meio do povo de Deus há joio e trigo, e que a igreja é “débil e defeituosa”, como escreveu Ellen White. Muitas vezes tenho escrito sobre aspectos que considero podem e devem ser melhorados na igreja, mas faço isso porque amo essa igreja e tenho consciência de que o inimigo quer minar a fé dela, seu poder que vem da conexão com o Alto e sua identidade. Já que perseguição aberta não tem funcionado, Satanás usa outro tipo de perseguição: o “mundanismo”, a introdução de elementos pagãos no dia a dia da igreja, as distrações midiáticas e de diversões vazias e a mornidão. Esse método de anulação tem sido ainda mais eficaz do que a perseguição, afinal, faz com que o povo remanescente se esqueça de sua missão urgente de ajudar a preparar um povo para a volta de Jesus. Uma denominação religiosa que traz em seu nome a esperança do advento de Cristo deveria fazer da proclamação dessa verdade sua prioridade número 1.

De minha parte, continuarei fazendo tudo o que me for possível para ajudar a igreja remanescente a cumprir a missão para a qual ela foi estabelecida; a missão que, na verdade, sempre foi do Deus que estabeleceu a igreja para ser um de Seus instrumentos de salvação. Pretendo nunca abandonar este “barco”. A dissidência leva a uma vida de amargura e morte espiritual. Outras igrejas, por mais que nelas haja pessoas de Deus, não possuem a mensagem completa – e digo isso com toda a humildade e consciente de que os que muito receberam muito serão cobrados (Lc 12:48).

Sim, a igreja de Deus tem muitos defeitos (sempre foi assim ao longo do tempo, basta ler a história do povo de Israel, por exemplo), mas também tem suas virtudes. E toda vez que mais um projeto Impacto Esperança se aproxima, fico pensando nisso maravilhado e feliz. Observe as fotos abaixo e veja no rosto a expressão de alegria de um povo preparado para espalhar esperança por meio da literatura. Mais uma vez os adventistas estão se mobilizando para distribuir milhões de livros no Brasil e no exterior. E por que fazem isso? Querem marcar pontos no Céu? Querem garantir uma recompensa após a morte? Querem ficar “bem na foto” com Deus? Nada disso! Afinal, como eu já disse, eles sabem que a salvação é gratuita. Sabem que já são amados do Pai e que não precisam fazer nada para conquistar o favor dEle. O que fazem é por amor ao Deus que lhes ordenou “ide” e pelas pessoas que precisam de salvação e talvez ainda nem saibam disso. Os adventistas compram a preço de custo os livros que distribuem gratuitamente. Se submetem a críticas, escárnio e desprezo, mas fazem isso de cabeça erguida e coração contrito, afinal, seu Mestre também foi maltratado e incompreendido. Fazem isso porque percebem que o mundo está confuso, sofrendo e precisando desesperadamente de esperança, de Jesus. Os adventistas fazem o que fazem simplesmente porque amam a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos; porque amam a Palavra de Deus e procuram ser fieis a ela. E isso desperta ódio em Satanás.

Quando vejo fotos como essas abaixo entendo por que o dragão odeia tanto essa igreja que é a menina dos olhos de Deus e que tem avançado cada vez mais contra as portas do inferno. Amém!

Michelson Borges

Documentário mostra rotina de guardadores do sábado ao redor do mundo

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Missão Índia (parte 1)

IMG_0601A Índia é um país localizado no sul da Ásia, o segundo mais populoso do mundo. São mais de um bilhão de pessoas, e o país é considerado a maior democracia do planeta, possuindo cerca de três mil anos de tradição. Na Índia encontramos uma cultura muito diversa, com muitas cores, crenças, deuses e ritos. Estou na índia há pouco mais de dez dias, mas é incrível pensar na quantidade de experiências que já vivi por aqui. Quantos olhares curiosos e penetrantes; quantos sorrisos acolhedores que quase sempre vinham acompanhados por flores cujo objetivo é traduzir a felicidade por estarem recebendo missionários. A Índia é o berço do Hinduísmo, mas é possível perceber também que mesmo de forma modesta o cristianismo tem crescido por aqui, e isso é facilmente visto por meio das crianças. Em Mateus 21:16 lemos que certa vez Jesus falou: “Nunca lestes: Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor?”

Nesses poucos dias aqui tenho sido impactado por dezenas de crianças que recitam a Palavra de Deus de memória, de forma tão pura e dedicada, que o primeiro sentimento que me veio foi vergonha por não saber tantos textos de cor. Cada criança tem cerca de cinco ou mais textos memorizados. São inúmeros meninos e meninas que estão tendo sua vida marcada pelo conhecimento da Bíblia. São novos ainda, e talvez ainda não consigam compreender em sua plenitude o que esses textos podem representar, mas sei também que um dia eles crescerão e a Palavra de Deus, que nunca volta vazia, se encarregará de dar seus frutos.

Em troca de textos memorizados eles ganhavam alguns bichinhos de pelúcia bem simples. Essa era a recompensa que eles escolhiam e saiam com toda a alegria possível, mostrando aos outros seu prêmio por se dedicar tanto. Pensei comigo: “A recompensa será bem maior, bem maior!”

(Igo Rocha é estudante do quarto ano de Teologia na Faculdade Adventista da Bahia)