Satanás convocou os demônios em uma reunião e chamou a Igreja Adventista de SEITA

“Vi Satanás e seus anjos consultando uns aos outros. Vi que Satanás mandou seus anjos armarem ciladas especialmente contra aqueles que estavam esperando o segundo aparecimento de Cristo e guardando todos os mandamentos de Deus. Satanás disse aos seus anjos que as igrejas estavam dormindo. Ele aumentaria seu poder e prodígios de mentira, e assim as poderia reter. “Mas”, disse ele, “odiamos a SEITA dos observadores do sábado; eles estão continuamente trabalhando contra nós, e tirando-nos os súditos, para guardar a odiada lei de Deus. Vão e façam com que os possuidores de terras e dinheiro se encham de cuidados. Se puderem fazê-los colocar as afeições nessas coisas, ainda os reteremos. Poderão professar o que quiserem, tão-somente façam com que cuidem mais do dinheiro que do êxito do reino de Cristo ou da disseminação das verdades que odiamos. Apresentem-lhes o mundo em sua forma mais atrativa, para que o amem e idolatrem. Devemos conservar em nossas fileiras todos os meios de que pudermos dispor. Quanto mais recursos os seguidores de Cristo dedicarem a Seu serviço, tanto mais prejudicarão o nosso reino, arrebatando-nos os súditos. Quando celebram reuniões em vários lugares, estamos em perigo. Sejam muito diligentes, promovam perturbação e confusão, se for possível. Destruam o amor de uns para com os outros. Desanimem e esmoreçam seus ministros; pois nós os odiamos” (Ellen G. White, Spiritual Gifts, v. 1, p. 179 [1858]).

É errado premiar crianças na Escola Sabatina?

Algumas pessoas têm levantado questionamentos com respeito a um texto de Ellen White em que ela fala sobre competição na escola sabatina

“Não devemos procurar imitar as escolas dominicais, *nem conservar o interesse por meio de oferecimento de prêmios*. O oferecimento de recompensas produzirá *rivalidade, inveja e ciúme*; e alguns dos que forem os mais diligentes e dignos receberão pouco apreço. Os alunos não devem procurar ver quantos versículos são capazes de aprender e dizer de cor; pois isso produz demasiado esforço na *criança ambiciosa*, ao passo que as demais se tornam desanimadas. Não experimenteis em vossa Escola Sabatina nenhum desses métodos, mas façam os diretores e professores todo esforço para que a escola tenha vida e interesse” (Ellen G. White, Conselhos Sobre a Escola Sabatina, p. 182).

Antes de comentar esse texto específico, gostaria que você lesse estes a seguir:

“Tirar fotografias e trocá-las com outras pessoas é uma espécie de idolatria. Satanás está fazendo todo o possível para colocar o Céu fora do alcance de nossa vista. Não o ajudemos tirando fotografias, que são ídolos. Precisamos atingir um padrão mais elevado do que esses rostos humanos sugerem. O Senhor diz: ‘Não terás outros deuses diante de Mim.’ […] Depois de ir de casa em casa e ver as muitas fotografias, fui instruída a advertir nosso povo contra esse mal. Podemos fazer isto por Deus. Podemos colocar fora da vista essas fotografias, que são ídolos. Elas não têm poder de fazer o bem, mas se interpõem entre Deus e a alma. […] Durante anos vimos travando guerra com a idolatria espiritual. […] Sofro em ver as fotografias se multiplicarem e penduradas em todo lugar.”

Que você acha? Devemos eliminar todas as fotografias de nossas famílias? Jogar fora os álbuns, os retratos e apagar nossas redes sociais? Ou precisamos levar em conta o tempo e o contexto de cada texto, como fazemos também com os textos bíblicos?

Note como a própria Ellen White equilibra a questão neste outro texto (clique aqui). Aqui ela apresenta o motivo para sua advertência quanto a fotos naquele tempo: “Estes retratos custam dinheiro. É coerente de nossa parte, sabendo a obra que deve ser feita neste tempo, gastar o dinheiro do Senhor em fotografias do próprio rosto e do de nossos amigos? Não deveria cada quantia que podemos poupar ser empregada na edificação da causa de Deus? Esses retratos tomam dinheiro que devia ser sagradamente dedicado ao serviço do Senhor; e distraem a mente das verdades de Sua Palavra”

Sim, fotos no século 19 e começo do século 20 eram caríssimas. Nem todos podiam se dar esse luxo, e por isso Ellen ficou contrariada ao ver “muitas fotografias” na casa de alguns irmãos. Depois, com o tempo, as fotografias foram ficando cada vez mais baratas, e a própria Ellen White se deixou fotografar sozinha e com a família algumas vezes. Hoje não faz sentido condenar as fotos com o argumento do valor (elas custam quase nada), mas permanece o princípio da condenação à idolatria, à vaidade e aos gastos desnecessários. Sempre devemos procurar o princípio por trás das recomendações, orientações e condenações, levando em conta o tempo e o contexto. Se não fizermos isso, teremos que jogar fora nossas bicicletas (pois também foram desaconselhadas por Ellen, devido ao alto preço na época) e impedir mulheres de falar na igreja (pois Paulo falou disso aos coríntios).

Agora, voltando ao primeiro texto, será que Ellen White está condenando os incentivos às crianças? Será que é errado promover concursos e fazer brincadeiras que motivem o estudo e a busca da excelência?

Note os trechos que destaquei: “Não devemos procurar imitar as escolas dominicais, nem conservar o interesse por meio de oferecimento de prêmios”; “…rivalidade, inveja e ciúme…”; “criança ambiciosa”. Parece que o problema não eram os incentivos, mas o espírito que eles poderiam alimentar, de rivalidade, inveja, ciúme e ambição negativa. Pelo visto, as escolas dominicais daquele tempo estavam fazendo isso.

O parágrafo anterior menciona o contexto: um acampamento em Marshalltown, Iowa, em 16 de agosto de 1884, durante o qual Ellen criticou a “rotina mecânica” que poderia tomar conta das escolas sabatinas, e chamou atenção, também, para outro extremo: a ênfase na competição para motivar os alunos. Os extremos sempre são perigosos…

Portanto, o mal não está na premiação nem nos métodos de motivação, mas no espírito que essas coisas podem despertar. Aí cabe aos professores direcionarem as crianças da forma certa, enfatizando a importância do crescimento e da “competição” consigo mesmas e não com os outros – até porque a sociedade é assim e as escolas também: somos avaliados por notas, por desempenho, etc., e precisamos preparar as crianças para este mundo, tanto quando para o mundo porvir.  

Para finalizar, é bom lembrar que a coroa de ouro dos salvos terá quantidades diferentes de estrelas, representando as pessoas que eles levaram a Jesus (confira). Será que isso trará inveja ou descontentamento por parte dos que tiverem menos estrelas? Claro que não! Todos estarão felizes com sua coroa e suas estrelas. O espírito que os motivou a ganhar pessoas para Jesus não foi o de competição, mas o amor. Esse mesmo espírito deve ser incentivado nas crianças e na escola sabatina.

Michelson Borges

Declarações atribuídas erroneamente a Ellen G. White

Quase desde o início da obra de Ellen G. White, tem havido declarações incorretamente atribuídas a ela, ou materiais deliberadamente ou inadvertidamente distorcidos. Um desses casos é descrito em Testemunhos para Ministros, página 57. Podemos reconhecer como genuínos apenas os materiais de Ellen G. White que possam ser atribuídos a fontes publicadas ou não publicadas, conhecidas como autênticas.

Listados aqui estão os itens referentes às perguntas que chegam com mais frequência ao Centro White. Eles estão agrupados de acordo com os cinco tipos mais comuns.

Categoria 2: Associação de Ideias

Alvos específicos de desastres iminentes. Alinhada com as profecias da Bíblia, Ellen White acreditava que em breve chegaria o tempo em que Jesus retornaria e poria fim aos males deste mundo. Ela também acreditava que grandes cidades não escapariam da turbulência e dos conflitos que aumentariam à medida que nos aproximamos do fim dos tempos. Ela alertou sobre desastres futuros, mas nunca previu uma data para tais eventos, ou o envolvimento de qualquer grupo religioso específico.

Ao contrário de relatos infundados, Ellen White não fez nenhuma previsão a respeito da destruição de um edifício de torres gêmeas na cidade de Nova York ou em qualquer outro lugar do mundo. Ela descreveu cenas envolvendo a ruína de “magníficos” e “altos edifícios” (ver Testemunhos para a Igreja, v. 9, p. 11), mas em nenhum lugar ela especificou edifícios atualmente identificáveis.

Alguns apontam para um sermão não publicado proferido em 1905, no qual Ellen White descreveu um sonho que teve vários meses antes, ao ver uma bola de fogo vindo do céu que “se estabeleceu em Nashville” (Manuscrito 188, 1905). Notavelmente, ela relatou o mesmo sonho outras sete vezes entre 1904 e 1909, mas descreveu a bola de fogo como caindo “sobre o mundo” ou “a terra”. Ela não fez menção à cidade como alvo em seu relato do sonho do dia seguinte, nem em sermões ou escritos publicados posteriormente. Levando em conta todas as suas declarações relacionadas, não acreditamos que ela estivesse destacando Nashville acima de qualquer outra cidade, mas que ela entendeu que a cena representava a destruição generalizada que a Bíblia prediz que ocorrerá antes e no retorno de Cristo, e a necessidade de que cada pessoa esteja espiritualmente preparada para esse grande evento.

A resposta de Ellen White ao boato de 1906 de que ela havia previsto o terremoto de São Francisco é instrutiva. A história tornou-se tão difundida que ela publicou um artigo intitulado “Os julgamentos de Deus sobre nossas cidades”, na edição de 5 de julho de 1906 da Review and Herald, no qual, entre outras coisas, ela negou ter previsto o terremoto. Como havia feito um ano antes em relação à visão de Nashville, ela fez o mesmo tipo de aplicação geral a respeito de como os cristãos deveriam responder aos julgamentos vindouros. Tais calamidades devem servir como avisos espirituais e como motivadores para partilhar as boas-novas do breve regresso de Cristo.

Veja Life Sketches of Ellen G. White, páginas 411-414, para suas advertências a respeito da associação de lugares específicos com previsões de desastres.

(White Estate)

Respostas às objeções sobre tradução e publicação dos escritos de Ellen White, especialmente do livro O Grande Conflito

Objeção 1: A Igreja Adventista do Sétimo Dia publica na forma condensada e não estaria correto por ser um livro inspirado por Deus.

Para esclarecer esse ponto, precisamos analisar o princípio por trás da proibição divina contida, por exemplo, em Apocalipse 22:18, 19 e Deuteronômio 4:2 e 12:32. Deus estava advertindo contra a intenção deliberada, movida por má-fé, de alterar as palavras contidas no Livro Sagrado, com o fim último de alterar sua mensagem. De maneira semelhante, nós adventistas, ao aplicarmos esse princípio ao livro O Grande Conflito, podemos perguntar: O fato de o livro ser publicado na forma condensada revelaria má-fé por parte da Igreja Adventista do Sétimo Dia? De maneira nenhuma. A prova de que inexiste má-fé é que a mesma Igreja Adventista também publica O Grande Conflito em edição integral/completa, e disponibiliza todos os escritos de Ellen White gratuitamente em vários idiomas por meio de sites oficiais, como o www.whiteestate.org (https://egwwritings.org), além de promover a leitura dos mesmos livros por meio de iniciativas como o desenvolvimento de aplicativos e inauguração de minicentros ao redor do Brasil e do mundo.

Ademais, a própria Bíblia é publicada em porções, como as edições conhecidas dos Salmos e Provérbios e, também, do Novo Testamento, e ninguém, de forma honesta, poderia alegar má-fé por parte dos responsáveis por essas publicações. Devemos observar, ainda, que as pessoas, de forma geral, não têm o hábito da leitura e, nesse sentido, a própria Ellen White incentivava que porções dos seus escritos fossem publicadas, o que, na prática, impulsionaria a distribuição massiva dos seus escritos como folhas de outono.

Objeção 2: A igreja dificulta o acesso aos escritos de Ellen White.

Essa objeção está relacionada à primeira, pois os críticos e dissidentes querem insinuar que a Igreja Adventista, ao publicar a versão condensada de O Grande Conflito, pretende dificultar o acesso ao livro sob pelo menos três aspectos: o da circulação, da integridade e do preço. Vamos analisar cada uma das objeções derivadas.

a) Circulação: como vimos, na condição de depositária do patrimônio literário de Ellen White, a igreja sempre buscou facilitar e promover o acesso a todos os livros do Espírito de Profecia, hoje também disponíveis amplamente por meio de sites e aplicativos. Somente no Brasil, as sedes administrativas da igreja encomendaram 25 milhões de exemplares do livro O Grande Conflito para serem distribuídos em 2023/2024, e em âmbito mundial a igreja espera distribuir até um bilhão de cópias, incluindo as versões digitais.

b) Integridade: essa objeção revela desconfiança na maneira como a Igreja Adventista lida com os escritos de Ellen White, a partir de insinuações, ainda que implícitas, de que, ao publicar edições condensadas, a instituição estaria retendo dos seus membros ou das pessoas interessadas a mensagem profética. Isso não faz sentido, uma vez que as edições condensadas não são as únicas publicadas pela igreja. Além disso, são disponibilizadas versões condensadas e na íntegra/completas, sejam impressas ou digitais, de um mesmo livro (como é o caso de O Grande Conflito), conforme deixamos claro na resposta à objeção 1.

c) Preço: em um grande esforço para facilitar o acesso ao livro, é bom lembrar que a versão impressa de O Grande Conflito foi repassada aos membros em valor meramente simbólico, de maneira que todos pudessem adquirir e presentear parentes, amigos e interessados, sendo escolhido como o livro missionário por um período sequencial de dois anos.

Assim, pela maneira transparente e intencional com que a Igreja Adventista lida com os escritos de Ellen White e promove sua distribuição, são totalmente infundadas as acusações de que a instituição adventista estaria “retendo a mensagem profética”, uma vez que, na condição de depositária do patrimônio literário de Ellen White, ela tem agido sempre no sentido de promover ao máximo seus escritos, seja no que tange a circulação, integridade ou preço praticado na venda desses escritos.

Objeção 3: A tradução do livro O Grande Conflito pela Casa Publicadora Brasileira contém imprecisões.

Essa é mais uma acusação que não passa de falácia. A Casa Publicadora Brasileira possui uma equipe editorial extremamente preparada do ponto de vista técnico e espiritual. O trabalho envolve análise minuciosa dos escritos originais em inglês. Na atualização das traduções para o português dos livros de Ellen White, são consultados dicionários online do tempo da autora para garantir maior precisão dos textos.

Aliás, no trabalho de atualização é comum verificar que traduções mais antigas contêm algumas imprecisões, já que os editores do passado não contavam com os recursos disponíveis hoje. As traduções bíblicas atuais, por exemplo, também são consideradas mais precisas do que algumas das traduções mais antigas, uma vez que hoje muitas informações podem ser mais bem elucidadas a partir dos Manuscritos do Mar Morto, descobertos na década de 1940, além de outras informações no âmbito da cultura, da arqueologia e da geografia bíblicas às quais hoje temos acesso.

Objeção 4: Não há nada de errado em comprar o livro O Grande Conflito traduzido e publicado por outros grupos, pois os livros de Ellen White caíram em domínio público, e, sendo assim, qualquer um pode traduzir seus escritos.

Todos os livros de Ellen White publicados em inglês até 1927 são hoje de domínio público, mas as compilações publicadas a partir de 1928 continuam protegidas pelas leis de direitos autorais. As editoras da Igreja Adventista do Sétimo Dia têm os direitos autorais assegurados das traduções, com base nas respectivas legislações locais, mesmo que tais traduções sejam de livros que em inglês já estejam em domínio público. Mas e se alguma pessoa ou grupo resolve criar sua própria editora e fazer sua própria tradução e distribuição do livro O Grande Conflito?

Considerando que a versão final do livro foi publicada em 1911, seus direitos autorais já se encontram em domínio público, não havendo proibição legal propriamente dita. Porém, nesse caso emerge uma questão de ordem ética religiosa que, como adventistas do sétimo dia, não podemos ignorar. Em seu testamento de 9 de fevereiro 1912, a própria Ellen White deixa claro quem deveria publicar os livros dela: os Depositários do Patrimônio Literário de Ellen White, bem como as editoras denominacionais às quais o White Estate confia o direito de tradução e publicação supervisionada. Ir contra essa determinação pode até estar dentro da lei, mas significa contrariar a vontade expressa da serva do Senhor (ver Herbert E. Douglass, Mensageira do Senhor, p. 569-572).

Esses grupos que se arvoram como guardiões do Espírito de Profecia, ao traduzir e distribuir publicações da forma que a própria Ellen White não apoiaria, estão agindo em desconformidade com aquilo que era a vontade expressa da profetisa.

Curiosamente, em suas publicações, esses grupos não informam o endereço da Igreja Adventista do Sétimo Dia mais próxima, nem ao menos o contato de algum canal oficial da igreja.

Certa ocasião, o irmão S. N. Haskell encorajou Ellen White a permitir a publicação do livro Primeiros Escritos por uma editora que não pertencia à Igreja Adventista. A ideia era boa: fazer com que a obra tivesse maior circulação. Quando estava prestes a assinar o contrato, Ellen parou, olhou para cima e disse que não poderia prosseguir. Depois que os representantes da editora foram embora, o filho William White protestou e ela então explicou que, quando olhou para cima, viu um anjo movendo a cabeça negativamente. Então ela escreveu: “Tenho medo de qualquer plano que tire o trabalho das mãos de nossas editoras, pois isso pode diminuir a confiança de nossos irmãos nessas importantes agências para a disseminação da verdade presente” (Carta 106, 1908).

Considerações finais

No Brasil, a Casa Publicadora Brasileira é a editora autorizada pelo White Estate para traduzir e publicar os textos de Ellen White, e tem feito isso com empenho há vários anos, de tal forma que quase todos os livros da autora estão hoje disponíveis em língua portuguesa e em formato brochura e encadernado. Além disso, em anos recentes, foram produzidos e lançados boxes com vários livros dela a preços extremamente acessíveis, isso para permitir que os irmãos possam adquirir e ler os testemunhos. Além dos Minicentros White implantados em milhares de igrejas e da disponibilização dos livros em diversas línguas gratuitamente em sites e aplicativos, é notável o esforço da Associação Geral e da Divisão Sul-Americana para a distribuição massiva do livro O Grande Conflito.

Por fim, lembremos que a mesma profetisa que expressou o desejo de que esse livro em especial alcançasse cada lar assinou um testamento expressando sua vontade acerca da maneira correta de sua tradução e distribuição. Em seu testamento de 9 de fevereiro 1912, Ellen White, ao dispor sobre seus bens móveis e imóveis, bem como sobre os direitos autorais dos seus escritos, elegeu como depositários seu filho William C. White e representantes oficiais da igreja, como Arthur G. Daniells (presidente da Associação Geral na época) e Frank M. Wilcox, a quem confiou a administração e o controle das referidas propriedades. É interessante notar, no que se refere aos direitos autorais, que foi feita a ressalva de que não deviam ser alugados, arrendados nem vendidos, no todo ou em parte, com o propósito de se fazerem novos investimentos. Fica claro, portanto, que a vontade expressa da profetisa era de que os direitos autorais dos seus escritos permanecessem sob estrito controle e tutela da Igreja Adventista, ao confiar aos seus representantes sua administração e controle.

Isto posto, agir em desacordo com essa clara orientação pode até estar dentro dos parâmetros legais humanos atuais, porém, significa extrapolar os limites da ética e do bom senso, além de ignorar a intenção original da serva do Senhor, cujos escritos se pretende observar. Uma vez que Ellen White elegeu a Igreja Adventista como depositária oficial dos seus escritos, ao reconhecermos e respeitarmos isso, demonstramos verdadeiramente honrar e respeitar a expressão de sua vontade e, em última instância, o próprio dom profético.

(Otávio Simões, pastor e bacharel em Direito)

Fontes:

https://www.centrowhite.org.br/ellen-g-white/testamento-de-ellen-g-white-09021912/

https://www.copyright.gov/title17/

https://michelsonborges.wordpress.com/2019/05/08/quem-pode-eticamente-publicar-livros-de-ellen-white/

www.whiteestate.org

Herbert E. Douglass, Mensageira do Senhor, p. 569-572

Fakes sobre Ellen White 1: a Guerra Civil

O que realmente aconteceu na noite de Atkinson? Por que Ellen White estava lá?

A posição de Cristo na Divindade

Uma compilação de declarações de Ellen G. White sobre a Trindade

I. Divindade e natureza de Cristo

  1. Um com o Pai Eterno. “Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus era um com o eterno Pai – um em natureza, caráter, propósito – o único ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus. ‘O Seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz’ (Is 9:6). Suas ‘saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade’ (Mq 5:2)” (Patriarcas e Profetas, p. 34).
  2. Cristo e o Pai de uma substância. “Os judeus nunca antes tinham ouvido tais palavras saídas de lábios humanos, e uma influência convincente os alcançou; porque parecia que a divindade flamejou através da humanidade quando Cristo disse: ‘Eu e o Pai somos um.’ As palavras de Cristo estavam repletas de profundo significado quando Ele expressou a reivindicação que Ele e o Pai eram de uma substância, possuindo os mesmos atributos” (Signs of the Times, 27 de novembro de 1893, p. 54).
  3. Um em poder e autoridade. “Todavia, o Filho de Deus era o reconhecido Soberano do Céu, igual ao Pai em poder e autoridade” (O Grande Conflito, p. 495).
  4. Igual com o Pai. “A fim de salvar o transgressor da lei de Deus, Cristo, que é igual com o Pai, veio viver o Céu diante dos homens, para que aprendessem o que significa ter o Céu no coração. Ilustrou o que o homem deve ser para estar à altura da preciosa dádiva da vida que se mede com a vida de Deus” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 179).
  5. Possui os atributos de Deus. “A única maneira em que o caído gênero humano podia ser restaurado era pelo dom do Seu Filho, igual a Ele mesmo, possuindo os atributos de Deus. Embora tão altamente exaltado, Cristo consentiu em assumir a natureza humana, a fim de que pudesse atuar em favor do homem e reconciliar com Deus Seus súditos desleais. Quando o homem se rebelou, Cristo alegou Seus méritos em favor dele, e tornou-Se o substituto e penhor do homem. Empreendeu o combate aos poderes das trevas em favor do homem, e prevaleceu, vencendo o inimigo de nossa alma, e apresentando ao homem a taça da salvação” (The Review and Herald, 8 de novembro de 1892, p. 690).
  6. Deus no mais alto sentido. “O mundo foi feito por Ele, ‘e sem Ele nenhuma coisa que foi feita se fez’. Se Cristo fez todas as coisas, Ele existiu antes de todas as coisas. As palavras proferidas a esse respeito são tão decisivas que ninguém precisa ser deixado em dúvida. Cristo era Deus em essência, e no mais alto sentido. Ele estava com Deus desde toda a eternidade, Deus sobre todos, eternamente bendito. […] Há luz e glória na verdade de que Cristo era um com o Pai antes da fundação do mundo. Essa é a luz que brilha em lugar escuro, tornando-o resplendente com a glória divina, original. Essa verdade, infinitamente misteriosa em si, explica outras verdades, por sua vez misteriosas e inexplicáveis, embora seja emoldurada em luz inacessível e incompreensível” (The Review and Herald, 5 de abril de 1906, p. 8).
  7. Eterno e autoexistente. “O Rei do Universo convocou os exércitos celestiais perante Ele, para, em Sua presença, apresentar a verdadeira posição de Seu Filho, e mostrar a relação que Este mantinha para com todos os seres criados. O Filho de Deus partilhava do trono do Pai, e a glória do Ser eterno, existente por Si mesmo, rodeava a ambos” (Patriarcas e Profetas, p. 36).
  8. Cristo é nosso Pai Eterno. “Por mais que um pastor ame as suas ovelhas, ama ainda mais seus próprios filhos e filhas. Jesus não é somente nosso pastor; é nosso ‘eterno Pai’. E Ele diz: ‘Conheço as Minhas ovelhas, e das Minhas sou conhecido. Assim como o Pai Me conhece a Mim, também Eu conheço o Pai’ (Jo 10:14, 15 RV). Que declaração essa! Ele é o Filho unigênito, Aquele que Se acha no seio do Pai, Aquele que Deus declarou ser ‘o Varão que é o Meu companheiro’ (Zc 13:7), e apresenta a união entre Ele e o eterno Deus como figura da que existe entre Ele e Seus filhos na Terra!” (O Desejado de Todas as Nações, p. 483).
  9. Vida original, não emprestada, não derivada. “Ainda procurando dar verdadeira direção à sua fé, Jesus declarou: ‘Eu sou a ressurreição e a vida.’ Em Cristo há vida original, não Emprestada, não derivada. ‘Quem tem o Filho tem a vida’ (1Jo 5:12). A divindade de Cristo é a certeza de vida eterna para o crente” (Ibid., p. 530).
  10. O autoexistente. “Com solene dignidade, respondeu Jesus: ‘Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse Eu Sou.’ Fez-se silêncio na vasta assembleia. O nome de Deus, dado a Moisés, para exprimir a presença eterna, foi a reclamado como Seu pelo Rabi da Galileia. Declarara-Se Aquele que tem a própria existência, Aquele que fora prometido a Israel, ‘cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade’” (Ibid., p. 469, 470).
  11. Redentor igual a Deus. “O Redentor do mundo era igual a Deus. Sua autoridade era como a autoridade de Deus. Ele declarou que separado do Pai não tinha existência. A autoridade com a qual Ele falava e realizava milagres era expressamente Sua própria; entretanto, nos assegura que Ele e o Pai são um” (Review and Herald, 7 de janeiro de 1890, p. 1).
  12. Eterno, autoexistente, incriado. “Jeová, o Ser eterno, existente por Si mesmo, incriado, sendo o originador e mantenedor de todas as coisas, é o único que tem direito a reverência e culto
    supremos” (Patriarcas e Profetas, p. 305).
  13. Jeová é o nome de Cristo. Jeová é o nome dado a Cristo. ‘Eis que Deus é a minha salvação’, escreve o profeta Isaías; ‘confiarei e não temerei, porque o Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; Ele Se tornou a minha salvação. Vós, com alegria, tirareis água das fontes da salvação. Direis naquele dia: Dai graças ao Senhor, invocai o Seu nome, tornai manifesto os Seus feitos entre os povos, relembrai que é excelso o Seu nome’ (Is 12:2-4). ‘Naquele dia, se entoará este cântico na terra de Judá: Temos uma cidade forte; Deus lhe põe a salvação por muros e baluartes. Abri vós as portas, para que entre a nação justa, que guarda a fidelidade. Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti. Confiai no Senhor perpetuamente, porque o Senhor Deus é uma rocha eterna” (Is 26:1-4) (The Signs of the Times, 3 de maio de 1899, p. 2).
  14. Jeová Emanuel nosso Salvador. “As portas celestes tornar-se-ão a erguer, e, com miríades e miríades de milhares de santos, nosso Salvador sairá como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Jeová Emanuel ‘será Rei sobre toda a Terra, e um será o Seu nome” (O Maior Discurso de Cristo, p. 108).
  15. Jeová Emanuel é Cristo. “Esta é a recompensa de todos quantos seguem a Cristo. Jeová Emanuel – Aquele ‘em quem estão escondidos todos os tesouros de sabedoria e da ciência’, em quem habita ‘corporalmente toda plenitude da divindade’ (Cl 2:3, 9) – ser levado a sentir em correspondência com Ele, conhecê-Lo, possuí-Lo, à medida que o coração se abre mais e mais para receber-Lhe o amor e o poder, possuir as insondáveis riquezas de Cristo, compreender mais e mais ‘qual seja a largura, e o cumprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus’ (Ef 3:18, 19) – ‘esta é a herança dos servos do Senhor que vem de Mim, diz o Senhor’ (Is 54:17)” (Ibid., p. 34, 35).
  16. Um com o Pai em natureza. “Antes da manifestação do mal [entre os anjos], […] Cristo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai – um na natureza, no caráter e no propósito – o único Ser em todo o Universo que podia entrar nos conselhos e propósitos de Deus. Por Cristo, o Pai efetuou a criação de todos os seres celestiais” (O Grande Conflito, p. 493).
  17. Rejeição da Divindade é fatal. “Se os homens rejeitarem o testemunho das Escrituras concernente à divindade de Cristo, é em vão arguir com eles sobre este ponto; pois nenhum argumento, por mais conclusivo, poderia convencê-los. ‘O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente’ (1Co 2:14). Pessoa alguma que alimente este erro pode ter exato conceito do caráter ou missão de Cristo, nem do grande plano de Deus para a redenção do homem” (Ibid., p. 524).

II. A eterna preexistência de Cristo

  1. Existência distinta desde a eternidade. “O Senhor Jesus Cristo, o divino Filho de Deus, existiu desde a eternidade. Era uma pessoa distinta, contudo um com o Pai. Ele era a transcendente glória do Céu. Era o Comandante dos seres celestiais, e a homenagem e a adoração dos anjos eram por Ele aceitas como direito Seu. Não havia nisso nenhuma extorsão em relação a Deus” (The Review and Herald, 5 de abril de 1906, p. 8).
  2. Sempre com o Eterno Deus. “Falando de Sua preexistência, Cristo conduz o pensamento a épocas indefinidas do passado. Ele nos assegura que jamais houve tempo em que não estivesse em íntima união com o Deus eterno. Aquele cuja voz os Judeus estavam então ouvindo havia estado com Deus como Alguém que sempre existira com Ele” (The Signs of the Times, 29 de agosto de 1900).
  3. Imensurada preexistência. “Aqui Cristo lhes mostra que, embora pudessem calcular Sua idade como de menos de cinquenta anos, todavia Sua vida divina não podia ser calculada pela computação humana. A existência de Cristo antes de Sua encarnação não se calcula por algarismos” (The Signs of the Times, 3 de maio de 1899).
  4. Unidos desde toda a eternidade.Desde toda a eternidade Cristo esteve unido ao Pai e, quando tomou sobre Si a natureza humana, ainda continuou um com Deus” (The Signs of the Times, 2 de agosto de 1905, p. 10).
  5. Glória desde toda a eternidade. “Ao transpor as portas celestiais, Jesus foi entronizado em meio à adoração dos anjos. Tão logo foi essa cerimônia concluída, o Espírito Santo desceu em ricas torrentes sobre os discípulos, e Cristo foi, de fato, glorificado com aquela glória que tinha com o Pai desde toda a eternidade” (Atos dos Apóstolos, p. 38, 39).
  6. Mediador desde a eternidade. “Mas conquanto a Palavra de Deus fale da eternidade de Cristo quando esteve na Terra, fala também, definitivamente, acerca de Sua preexistência. O Verbo existia como Ser divino, como o próprio Filho de Deus, em união e unidade com o Pai. Desde a eternidade, Ele foi o Mediador do concerto. Aquele em quem todas as nações da Terra, Judeus e Gentios, seriam benditos, se O aceitassem. ‘O Verbo estava com Deus e era Deus’ (Jo 1:1). Antes que fossem criados homens ou anjos, o Verbo estava com Deus e era Deus” (The Review and Herald, 5 de abril de 1906).
  7. Vida intérmina e sempre existente. “O ser humano vive, mas sua vida lhe é dada, é uma vida que será extinta. ‘Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por um instante e logo se dissipa’ (Tg 4:14). Mas a vida de Cristo não é uma neblina; é intérmina – vida que existiu antes que fossem feitos os mundos” (The Signs of the Times, 17 de junho de 1897, p. 5).
  8. Desde os dias da eternidade. Desde os dias da eternidade, o Senhor Jesus Cristo era um com o Pai; era ‘a imagem de Deus’, a imagem de Sua grandeza e majestade, ‘o resplendor de Sua glória’” (O
    Desejado de Todas as Nações
    , p. 19).
  9. Antes que os anjos fossem criados. “Ele era um com o Pai antes que os anjos fossem criados” (The Spirit of Prophecy, v. 1, p. 17).
  10. Esteve com Deus desde toda a eternidade. “Cristo era Deus em essência, e isso no mais alto sentido. Esteve com Deus desde toda a eternidade, Deus sobre todos, bendito eternamente” (The Review and Herald, 5 de abril de 1906, p. 8).
  11. Cristo a eterna presença. “O nome de Deus, dado a Moisés para exprimir a ideia da presença eterna, fora reclamado como Seu pelo Rabi da Galileia. Declara-Se Aquele que tem existência própria, Aquele que fora prometido a Israel, ‘cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade’ (Mq 5:2, margem)” (O Desejado de Todas as Nações, p. 469, 470).
  12. Igual ao Pai desde o princípio. “Nela [na Palavra de Deus] podemos aprender quanto custou nossa redenção Àquele que, desde o princípio, era igual ao Pai” (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 13).
    III. Três Pessoas na Divindade
  13. Três Pessoas no Trio Celestial. “Há três pessoas vivas pertencentes à Trindade celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados, e esses poderes colaborarão com os súditos obedientes do Céu em seus esforços para viver a nova vida em Cristo” (Evangelismo, p. 615).
  14. Trindade unida na redenção. “A Divindade moveu-Se de compaixão pela raça, e o Pai, o Filho e o Espírito Santo deram-Se a Si mesmos ao estabelecerem o plano da redenção” (Conselhos Sobre Saúde, p. 222).
  15. Três grandes Poderes do Céu. “Os que proclamam a mensagem do terceiro anjo precisam revestir-se de toda a armadura de Deus, a fim de que possam ousadamente permanecer em seus postos, em face de difamações e falsidades, combatendo o bom combate da fé, resistindo ao inimigo com a palavra: ‘Está escrito.’ Mantenham-vos em lugar em que os três grandes poderes do Céu – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – possam ser sua eficiência. Esses poderes atuam com aquele que sem reservas se entrega a Deus. O poder do Céu está à disposição dos crentes filhos de Deus. O homem que depõe em Deus sua confiança acha-se protegido por uma muralha inexpugnável” (The Southern Watchman, 23 de fevereiro de 1904, p. 122).
  16. Cooperação de três imperativos. “Nossa santificação é obra do Pai, do filho e do Espírito Santo. É o cumprimento da aliança que Deus fez com os que se unem para estar em santa comunhão com Ele, com Seu Filho e com Seu Espírito. Vocês nasceram de novo? Tornaram-se novas criaturas em Cristo Jesus? Então, cooperem com os três grandes poderes do Céu que estão atuando em seu favor. Fazendo isso, vocês revelarão ao mundo os princípios da justiça” (The Signs of the Times, 19 de junho de 1901).
  17. Três Dignitários Eternos. “Os eternos dignatários celestes: Deus, Cristo e o Espírito Santo, munindo-os [os discípulos] de energia sobre-humana, […] avançariam com eles para a obra e convenceriam do pecado o mundo” (Evangelismo, p. 616).
  18. Os três poderes mais altos. “Cumpre-nos cooperar com os três poderes mais altos no Céu – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – e esses poderes atuarão por meio de nós, tornando-nos coobreiros de Deus” (Ibid., p. 617).
  19. O Nome tríplice. “Os que, ao iniciarem a carreira cristã, são batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo declaram publicamente que renunciaram ao serviço de Satanás, e se tornaram membros da família real, filhos do celeste Rei” (Testimonies for the Church, v. 6, p. 91).

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