Quando a bagagem é mais importante que vidas humanas

aviao2Domingo passado, um avião da companhia aérea russa Aeroflot Sukhoi Superjet fez um pouso de emergência no Aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou, devido a um incêndio num dos motores, causado por um raio. O avião, que fazia ligação entre Moscou e Murmansk, levava 73 passageiros e cinco membros da tripulação. Imagens do avião envolto em chamas e uma nuvem de fumaça preta foram divulgadas pela televisão estatal russa e por usuários das redes sociais. Eram cerca das 18h40 locais. O pedido de pouso de emergência foi feito cerca de 40 minutos após a descolagem. Segundo especialistas, os passageiros da frente, que perderam tempo ao retirar as bagagens de mão, condenaram à morte os outros 41 passageiros da parte de trás do avião, incluindo duas crianças.

A evacuação poderia ter sido feita em menos de 90 segundos, mas especialistas dizem que o procedimento foi atrasado porque vários passageiros insistiram em levar seus pertences, demorando para retirá-los dos compartimentos superiores. Isso causou fila no avião que só tinha as duas saídas de emergência da frente operacionais, pois as demais estavam em chamas.

O vídeo mostra o avião coberto em chamas e os passageiros fugindo com malas nas mãos, sem qualquer preocupação com as pessoas que deixaram para morrer queimadas dentro da aeronave.

(Bligz)

Nota: A que ponto chega o egoísmo humano! Num momento como esse, em que vidas estão ameaçadas, pensar primeiro em salvar a bagagem?! Creio que essas pessoas insensíveis terão o resto da vida para se lembrar dos gritos de desespero daqueles que elas impediram de ter uma chance de sobrevivência. Essa tragédia me fez pensar em algumas atitudes que temos e que muitas vezes também ameaçam a vida de outras pessoas:

1. Quando pensamos mais em nossos interesses, em acumular bens e rechear nossa conta bancária, enquanto há tantas pessoas que nunca ouviram falar de Jesus, estamos contribuindo para a “morte” delas.

2. Quando pensamos mais em nosso bem-estar e permanecemos na “zona de conforto”, mesmo sabendo que há vizinhos, colegas de escola e de trabalho e parentes que poderiam ser grandemente beneficiados com o conhecimento que temos, e não lhes dizemos nada, estamos contribuindo para a “morte” deles.

3. Quando a situação de penúria pela qual passam países atingidos por catástrofes naturais (como aconteceu recentemente em Moçambique) não nos sensibiliza para que demos ofertas e oremos redobradamente, estamos contribuindo para a “morte” de pessoas.

4. Resumindo: todas as vezes que não agimos de maneira desprendida, como Jesus, estamos condenando pessoas à “morte”.

Que o bom Deus nos arranque da indiferença, nos encha de amor e nos ajude a ser pessoas que desobstruem o caminho para o Céu e para longe das chamas. [MB]