O filósofo Charles Taylor, em seu livro A Ética da Autenticidade, afirma que a “liberdade” que o mundo contemporâneo tem pregado é um dos fatores de maior restrição da liberdade que foi já visto na história. Eu concordo com o Taylor. Basta você olhar para os movimentos progressistas. A falácia do “lugar de fala” quer tirar a liberdade de qualquer pessoa opinar sobre o que quiser. A “liberdade de expressão” progressista só dá liberdade para quem concorda com sua ideologia. Esses são dois de muitos exemplos que poderíamos dar.
Esta semana está na mídia um caso interessante. Por convicção religiosa, um empresário se recusou a prestar serviços a uma dupla homossexual que iria se casar. Isso está sendo tratado na mídia tradicional como homofobia e o caso foi levado à polícia.
Não sou jurista, mas sou alfabetizado, então, vou ler a Constituição brasileira:
“Art. 5º
VI – e inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;”
No Brasil, ainda está na lei a liberdade religiosa e, portanto, ninguém deveria ser obrigado a fazer algo que viole sua consciência.
A mesma lei que protege os homossexuais de sofrerem violência (isso é muito positivo) deveria proteger os cristãos de serem violentados em sua consciência. Até porque na postura do empresário da notícia mencionada não houve violência (é preciso definir melhor homofobia).
Embora um cristão não precise do apoio da lei para se posicionar biblicamente (vide Daniel 3, 6, Atos 5, etc.), no Brasil a lei (pelo menos na teoria) ainda dá liberdade para que os cristãos (e qualquer outra pessoa) não violem sua consciência.
A Bíblia é muito clara quanto ao pecado das práticas homossexuais (Romanos 1, 1 Coríntios 6, etc.). O cristão ancora sua consciência na Palavra e é (deveria ser) livre para isso. Isso é “inviolável”, correto?
Chegará o dia no qual ser cristão será contra a lei. Em nossos dias estamos vivendo ensaios para aquele. Sigamos firmes!
(Felippe Amorim; Instagram)
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